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domingo, 26 de julho de 2009

Essas novas tecnologias...


Estar antenado com as novas mídias digitais.
Venho encontrando muito isso em sites de empregos e até mesmo em conversas informais de mesa de bar. Mas aí me vem a grande questão, estar “antenado” é conhecer esses veículos ou consumi-los?
Acho que as pessoas ainda não sabem direito o que é isso que estão reproduzindo, veja o meu exemplo. Sou uma pessoa relativamente informada sobre esses meios, entretanto não vejo a necessidade de possuir todos eles. Tenho um celular que manda mms, toca rádio FM, tira fotos, filma e me permite ouvir mp3. Ual, que celular velho, não?! Ele “só” faz isso, nem 3G ele é.
Contudo, só este simples tijolinho dá a possibilidade de que eu corte um Ipod, rádio, uma máquina fotográfica e, claro, um depredado telefone público.
Logo este aparelho, que já está parando de funcionar aos poucos, me permitiu que deixasse uma mochila em casa. Tudo bem que quando faço meu trabalho como fotógrafo levo minha Cannon, mas é um caso excepcional.
Por possuir somente esse aparelho e não ter os outros, tudo bem que gostaria de um netbook, por só manter o orkut, ao invés do facebook uolkut e outros “uts” da vida, ter um pc em casa de longinquos 2005, ao invés de um comprado essa semana, e por preferir ler um livro ou pensar na vida ao invés de ver um clipe do Michael Jackson no Ipod, para muitos “atenados” sou um ser de fora da tecnologia. Isso é subjetivo.
Para mim, a função da tecnologia é facilitar a vida das pessoas, permitindo-as ter mais funcionalidades, tanto de trabalho quanto para lazer, em um pequeno espaço, com isso, podemos ir para onde quisermos sem ter que ficar carregando peso e, ainda, permitir que sejamos escravos do trabalho mesmo quando estamos fora deste.
Porém essa frenesi capitalista que encontramos em volta dos produtos eletrônicos está fazendo justamente o contrário. Os “superantenados” daqui a pouco precisarão levar uma “Imesa” para aonde forem, vejamos um exemplo: O cara está no metrô, então ele saca seu Iphone e manda um sms para sua namorada falando que está indo, aí ele vai ler os e-mails, então ele retira seu netbook, conecta seu celular por um fio, ou um modem 3G no computador. Enquanto lê suas mensagens eletrônicas ele retira seu Ipod, coloca o fone de ouvido e procura entre 1 milhão de músicas baixadas, a única que ele realmente ouve. Então ele vê uma amigo que estudou com ele no colégio. Ele pega sua mini-máquina fotográfica de dez megapixels (pouco interessa o fato de ele usar na resolução minima para caber mais fotos, o que importa são os números), tira uma foto, pega o cabo da máquina conecta no netbook e posta a foto no Picasa, Twitter, FaceBook, Orkut, flog, e blog.
Vejamos o tanto de coisa que ele já está em mãos; celular, netbook, máquina fotográfica, Ipod e/ou modem 3G.
E ao sair do metrô, imagina se o cara é assaltado! Se levarem sua Ibolsa! Só vai lhe restar um “ImeuDeus” porque o tanto de dinheiro que o ladrão levou, vai fazer a alegria dos meliantes, se tiver fotos comprometedoras então...
Enfim, tudo isso que ele fez poderia ter sido feito utilizando os recursos do Iphone, por exemplo. Se ele fosse o antenado da primeira categoria sugaria o máximo de recursos levando o minimo consigo, contudo, como é um grande consumidor, ele utiliza muitos aparelhos e poucos recursos.
No trabalho, a tecnologia veio justamente para otimizá-lo, não foi?! Passa-se mais tempo batendo papo via twitter do que trabalhando em si, além disso, se a net não funcionar no ambiente de trabalho... “pan” abre uma janelinha azul nos olhos de todos com uma mensagem de erro “Impossível trabalhar”.
Se for para gastar toda essa grana, prefiro ficar com meu tijolinho aqui. E você? Em que categoria está?

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