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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E ele ainda não sabe nada

Essa ação que ocorreu no Senado em que os petistas foram literalmente obrigados a votarem de acordo com o partido é só mais uma demonstração de poder de Lula nesse país e mais um prova de que ele sempre sabe e soube de tudo. No "mensalão" blindaram ele como um inocente, mas no filme de João Moreira Salles, José Dirceu aparece falando até quantos banhos tomou, imagine então se não falaria de deputados subornados?

Aliás, Dirceu é uma figura que ao mesmo tempo é supervalorizada e subvalorizada. Ele se coloca como um estudante presidente da UNE que, por isso, foi preso. Na verdade ele era o braço direito de Marighella em seu grupo terrorista na Ação Libertadora Nacional.

Se Dirceu matou alguém ativamente, acredito que não, mas ele treinou e induziu jovens e trabalhadores a assumirem uma posição de terrorismo para implantar o comunismo no país.

Porém, José Dirceu sempre foi o articulador de grandes homens, assim como foi de Marighella na UNE, era de Lula no governo, ou seja, ele faz o que tem que ser feito a mando de alguém. Nesse caso do "mensalão" ficou faltando o sujeito...

Voltando ao estilo do Lula, uma pessoa que acabou com os pilares do próprio partido. A ética petista - se foi, a união dos sindicatos - não sobrou praticamente nada, as ideologias – a última foi para o PV, só restaram os intelectualóides universitários e o movimento revolucionário camponês, que na verdade está a ponto de sair dos braços petistas.

O presidente, fez com que seu partido ficasse ancorado somente em sua própria popularidade, coisa típica de ditadores que fazem o culto à personalidade.

Ele manda em tudo, mas só divulga as coisas supostamente “boas” que aconteceram, que aliás, quase nunca são ideias dele.

Agora a Dilma é sua candidata, nem preciso dizer que apoiada 100% na figura de Lula.

Primeiramente, ela não é carismática, em segundo está com uma doença grave e infelizmente isso tem que ser levado em consideração. A tentativa de protegê-la nesse caso da Receita Federal está muito mal feita e, por fim, ela era militante da Colina, mas um braço armado do comunismo no Brasil que defendia a ditadura do proletariado, e não, a democracia.

Ela será apenas um porta-voz do Lula caso seja eleita, ou pior, pode dar lugar ao Lula que sempre deixou claro nas entrelinhas que admira os ditadores, vejam a quem ele apoia. Hugo Chavez, Evo Morales e Fidel Castro.

Meu medo é que uma tentativa de golpe seja tentado em breve nesse país, a questão é se será um “golpe branco” como é a última moda na América-Latina ou se será da maneira antiga com táticas de guerrilha no campo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Grande Ternura


Acredito que todos conheçam a frase de Che Guevara "É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais". Porém poucos sabem que ele mandou para o paredão mais de 300 pessoas em apenas dois dias na cidade de La Cabaña em Cuba.
Ou muito menos essa carta intitulada "Mensagens aos povos do mundo" apresentada na Tricontinental, evento comunista, de 1966.

Aqui está alguns trechos, retirados do livro " A verdade sufocada" de Carlos Ustra:

"Na América Latina luta-se de armas em mão, na Guatemala, na Colômbia, na Venezuela, e na Bolívia e já despontam dos primeiros sinais no Brasil. Quase todos os países deste continente estão maduros para essa luta que só triunfará com a instalação de um governo socialista"
"O ódio intransigente ao inimigo deve ir além das limitações naturais do ser humano. Deve se converter em violenta, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim, um povo sem ódio não pode triunfar sobre o inimigo bruta"
" A América continente esquecido pelas últimas políticas de libertação, que começa a se fazer sentir por meio da Tricontinental na voz da vanguarda de seus povos que é a revolução cubana, terá uma tarefa de muito relevo: a criação do segundo ou terceiro Vietnam do mundo"


Olha realmente esse Guevara era uma figura tão terna que me impressiona.
Infelizmente muitos cidadãos de bem morreram por causa da ideologia de pessoas que nem ao menos conheciam, e estes assassinos, e me refiro tanto para o vermelho quanto para o azul, se vangloriam e se tornam pessoas ícones de vida e ainda compara Che com Gandhi ou Luther King.
Enfim, sem mais comentários.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Blog do Sérgio Dávila-Diário do Teerã

Esse texto retirado do blog do Sérgio, representa muito bem o que quero dizer com "verdadeira notícia".
A mídia convencional que nos traga os grandes momentos históricos baseando-se em agentes especiais como governantes e intelectuais, mas acredito que a função do blog seja trazer as pessoas que sofrem as ações.
Lembrando que um dos melhores relatos sobre a Segunda Grande Guerra, advém do diário de Anne Frank, ninguém "especial" embora traga com a clareza de um Gay Talese os acontecimentos do conflito.

Aqui está o texto publicado pelo Sérgio: Blog do Sérgio
Diário de Teerã - Texto exclusivo de uma iraniana

A partir de hoje --e pelo tempo que for possível--, esse blog publica relatos de uma iraniana que vive em Teerã e conta os desdobramentos do movimento de oposição ao presidente Mahmoud Ahmadinejad. O nome dela foi trocado por medida de segurança.

*

Deus continua grande e veio cobrar os aiatolás

Por Anna Olivier, de Teerã


Há duas semanas, ao meio-dia, eu fui à tradicional oração das sextas pela primeira vez na minha vida para apoiar nosso candidato, Mir Hossein Mousavi, e ouvir o aiatolá Akbar Hashemi Rafsanjani, mesmo que não soubesse exatamente o que ele iria dizer. Havia muita gente, todas as ruas em volta da Universidade de Teerã estavam cheias.

O aspecto mais interessante dessa eleição e dos eventos que se sucederam foi que nos fez fazer muitas coisas pela primeira vez, coisas que não imaginávamos possíveis antes. Assim, aquela oração de sexta foi a maior da história recente do Irã. Mesmo os frequentadores habituais, pessoas mais religiosas, nos disseram que nunca tinham visto tanta gente.

Havia um novo slogan também. Quando o orador que antecedeu Rafsanjani dizia “Abaixo Israel, abaixo os Estados Unidos!”, o povo respondia “Abaixo a Rússia, abaixo a China!”. Quando a imprensa iraniana chegou, todo o mundo gritava: “Nós temos vergonha de nossa mídia”. O fim do dia foi marcado, é claro, por mais brigas e mais gás lacrimogêneo.

De noite, e todas as noites antes disso e desde então ainda se podia ouvir gritos de “Allahu Akbar!” (Deus é grande). São armas religiosas contra uma ditadura religiosa, e foi exatamente assim que os aiatolás desafiaram o regime do xá Pahlevi, nos anos 70. Mas eles nunca pensaram então que Deus continuaria grande e cobraria deles um dia. Agora é o dia.

Não acredito que os aiatolás vão desaparecer, mas esse tem sido um belo desafio para o regime, e todas as ameaças e o terror da reação mostram como eles não esperavam que esse dia chegaria --tão cedo para eles, tão tarde para nós, é claro.

Quando a oposição escolheu a cor verde, Mahmoud Ahmadinejad disse “nossa cor é a cor da nossa bandeira”. É uma tristeza, pois agora, toda vez que olhamos para nossa bandeira, sentimos medo e passamos mal. Desde a fala do presidente, a cada demonstração, um pequeno número de seus partidários se infiltra entre nós e começa a marchar com a bandeira do Irã em suas mãos, para se sobressair da maioria esmagadora dos outros, os “verdes”.

Na oração de sexta, um grupo de partidários fez isso para nos amedrontar --sim, eles acham que são realmente amedrontadores. Meu marido pegou uma das bandeiras e a beijou. A partir daí, todos os “verdes” passaram a beijar as bandeiras iranianas que estavam nas mãos de nossos compatriotas, mas nesse momento inimigos.

De repente, manifestações de simpatia entre nós e eles passaram a acontecer no meio da multidão. As pessoas se davam as mãos e um deles disse: “Nós não pensamos igual mas nós somos compatriotas”. Naquele momento, eu não sabia se ficava feliz ou triste.

Esse foi o trabalho de Ahmadinejad, essa divisão entre o povo é culpa dele, sem dúvida --o ódio entre pessoas de lados opostos politicamente nunca foi tão exacerbado como agora.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A verdadeira notícia


Estava pensando na máxima do jornalismo “ Se um cachorro morde o homem, não é notícia. Se o homem morde o cachorro, aí sim temos uma notícia”.

Nós criamos em nossa profissão que as únicas coisas relevantes são os eventos extraordinários que acontecem, ou fatos sobre pessoas que se destacam.

Então comecei a ver que só falamos coisas do cotidiano, se elas acontecerem com pessoas fora do comum, e daí surge a mídia marrom tirando fotos de famosos correndo, jantando namorando, porém, e o contrário? E os fatos excepcionais que acontecem com as pessoas normais?(Que não seja bala perdida ou enchente).

Agora percebo o tanto de histórias dignas de serem passadas para o público, que acontecem com nós “simples mortais” e que são situações que têm que ser conhecida por todos.

Quem de nós nunca passou por uma grande tristeza, um enorme obstáculo aos quais mostramos garras, força, até mesmo resignação, e conseguimos superar?

Eventos extraordinários que tornam o homem em um ser especial e que outros muitos tantos passam por situações parecidas e só precisam de um norteamento, que nossa experiência pode passar.

Nós jornalistas estamos sempre atrás de um “furo de reportagem”, algo grandioso capaz de derrubar um presidente, ou mudar o pensamento de uma nação. Estamos tão focados nessa mania de grandeza que inúmeras matérias importantes acabam passando em frente dos nossos olhos e nem damos bola, ou não vemos como relevante.

É certo que em um jornal diário não haveria como falar dos feitos de toda uma população, mas há tantos outros meios para isso.

Penso em minha história agora, nesses últimos cinco meses, foram tantas coisas, que não serão contadas agora, mas sim quando chegarmos ao final de enredo. Tudo aconteceu, fui perdendo tudo aquilo que me dava suporte, agora me resta a única coisa que somente eu posso tirar de mim, a minha vontade.

Há o ditado de que a “esperança é a última que morre”, entretanto, quando ela se vai, sobra somente a sua vontade de lutar e de sair de onde se encontra. Mesmo sem esperança você luta, porque sabe que tem que lutar, porque se entregar significa o fim.

Espero conseguir trazer esses eventos extraordinários de nosso cotidiano para aqui nesse blog. Falar mal de política, dar a sua opinião sobre tudo em um veículo como esse é desperdício, afinal, não é informação e muito menos traz algo de bom para o bem público, por isso, quero conversar e dar um espaço, mesmo que escondido nesse imenso ciberespaço para aqueles que lutam.