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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A verdadeira notícia


Estava pensando na máxima do jornalismo “ Se um cachorro morde o homem, não é notícia. Se o homem morde o cachorro, aí sim temos uma notícia”.

Nós criamos em nossa profissão que as únicas coisas relevantes são os eventos extraordinários que acontecem, ou fatos sobre pessoas que se destacam.

Então comecei a ver que só falamos coisas do cotidiano, se elas acontecerem com pessoas fora do comum, e daí surge a mídia marrom tirando fotos de famosos correndo, jantando namorando, porém, e o contrário? E os fatos excepcionais que acontecem com as pessoas normais?(Que não seja bala perdida ou enchente).

Agora percebo o tanto de histórias dignas de serem passadas para o público, que acontecem com nós “simples mortais” e que são situações que têm que ser conhecida por todos.

Quem de nós nunca passou por uma grande tristeza, um enorme obstáculo aos quais mostramos garras, força, até mesmo resignação, e conseguimos superar?

Eventos extraordinários que tornam o homem em um ser especial e que outros muitos tantos passam por situações parecidas e só precisam de um norteamento, que nossa experiência pode passar.

Nós jornalistas estamos sempre atrás de um “furo de reportagem”, algo grandioso capaz de derrubar um presidente, ou mudar o pensamento de uma nação. Estamos tão focados nessa mania de grandeza que inúmeras matérias importantes acabam passando em frente dos nossos olhos e nem damos bola, ou não vemos como relevante.

É certo que em um jornal diário não haveria como falar dos feitos de toda uma população, mas há tantos outros meios para isso.

Penso em minha história agora, nesses últimos cinco meses, foram tantas coisas, que não serão contadas agora, mas sim quando chegarmos ao final de enredo. Tudo aconteceu, fui perdendo tudo aquilo que me dava suporte, agora me resta a única coisa que somente eu posso tirar de mim, a minha vontade.

Há o ditado de que a “esperança é a última que morre”, entretanto, quando ela se vai, sobra somente a sua vontade de lutar e de sair de onde se encontra. Mesmo sem esperança você luta, porque sabe que tem que lutar, porque se entregar significa o fim.

Espero conseguir trazer esses eventos extraordinários de nosso cotidiano para aqui nesse blog. Falar mal de política, dar a sua opinião sobre tudo em um veículo como esse é desperdício, afinal, não é informação e muito menos traz algo de bom para o bem público, por isso, quero conversar e dar um espaço, mesmo que escondido nesse imenso ciberespaço para aqueles que lutam.

Um comentário:

Mia disse...

A insatisfação é notória, não somente à você.
O fato é acreditar, Zééé! =)