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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Campanha AUG

Somente avisando que a campanha do Adote um Gatinho foi um sucesso.
Agora elas receberão mais de 70 mil reais para ajudarem na construção de novas instalações.
Bem, bom inicio de ano para todos.

wwww.adoteumgatinho.uol.com.br

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Gafes dos políticos brasileiros

Retrospectiva 2009 feita pela revista Veja sobre as gafes dos políticos brasileiros neste ano que passou.

Link para os videos : Aqui!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Votação para instituição de ajuda aos animais

Vote na Pitty. Por que? Simples, leia a carta do site adote um gatinho.


http://sonora.terra.com.br/vote




Apelo especial que estamos divulgando

amigos do Blog, temos certeza que é graças a vcs, tão dedicados que conseguimos segurar a vantagem até agora. Essa mudança no site do Terra ficou ruim mesmo, mas talvez tenha garantido nossa liderança, já que somos muito mais pacientes e continuamos votando, e eles parecem ter desanimado depois do Terra dificultar o processo de votação.

Mas para garantir mais votos, estamos soltando hoje para o nosso mailing esse apelo especial. Como vocês são VIPs me senti na obrigacão de colocar aqui também mesmo sabendo que todos vocês vão receber o email com o apelo. Leiam com atenção, escrevemos com a alma, porque sabemos que é assim que vocês votam, com os dedos, o coração e a alma. Sem desanimar agora hein? Força que essa taça é nossa! :-) Segue o texto.

amigos, esse é um recado muito importante, e também um pedido muito importante, então leiam com atenção até o fim.

O Sonora, canal de música do Terra, convidou 6 artistas para montar uma playlist com o som que eles mais gostam, e lançou uma promoção: a playlist mais votada ganha um prêmio em dinheiro que será doado para uma ONG. O artista com a playlist mais votada irá doar 75 mil para a ONG escolhida.

A Pitty, que é gateira e conhece o nosso trabalho, escolheu o Adote Um Gatinho!!!!!!

A votação vai até dia 28 de Dezembro e estamos votando como loucas, mas não estamos conseguindo tantos votos quanto a banda Cine e tudo indica que, em breve, eles vão nos passar.

Precisamos de TODOS os votos que vocês puderem dar. Seus, dos seus amigos, filhos, pais, vizinhos e qualquer pessoa que goste de gatos ou simpatize com a causa animal.

Se cada um sentar no computador e votar por mais ou menos 20 minutos várias vezes seguidas todos os dias, a gente ainda tem chance de ganhar esse prêmio e fazer história. História porque as ONGs de Proteção Animal nunca são levadas a sério ou ajudadas. Quantas vezes um artista deu algum prêmio para alguma ONG de animais? Eles ficam com medo de serem criticados porque sempre tem algum ignorante que vai dizer que ajudar animais pega mal. Pois a PItty não deu bola e deu a cara a tapa, imaginem quantos outros artistas vão perder o medo de ajudar as ONGs de animais?

No momento que você diz que ajuda ou trabalha ou só simpatiza com animais abandonados você recebe um olhar de desdém, não é? Pois agora é a nossa vez de dizer: estamos aqui, somos organizados, não somos desajustados sociais e os animais não são o lixo da sociedade. E engulam nossos votos e nosso primeiro lugar! :-)

Claro que o dinheiro é mais que bem vindo, mas sabemos que com esse dinheiro também vai vir muita cobrança e muito trabalho. Mas não temos medo de trabalhar não, quem nos conhece sabe que se tivermos recursos a gente faz o impossível.

Além do dinheiro, pensem no efeito moral que uma vitória dessas teria entre todos os protetores tão cansados de trabalhar sem nunca ver o trabalho valorizado, entre todos nós que abominamos o abandono, o descaso e que fazemos nosso pouquinho para ajudar? Será uma ONG beneficiada, mas milhares de almas lavadas!

Quer outras boas razões para sentar e votar até ter tontura na frente do computador?

* O dinheiro que a Ong receber não vai ajudar só o Adote Um Gatinho. Vai beneficiar centenas de animais em toda a cidade de São Paulo. Cães e gatos, porque somos gateiras mas nosso coração não faz distinção na hora de socorrer.
* Vamos investir tudo que pudermos em um super mutirão de castração como nunca se viu antes.
* Porque não somos "as loucas dos gatos" e nem vocês, e merecemos respeito.

Gente, essa votação é MEGA MASTER IMPORTANTE!

O regulamento proíbe o uso de robôs e programas de votação mas vocês podem votar quantas vezes quiserem, horas seguidas, não existe um limite de vezes para votar.

Espalhem esse email e façam chegar aos 4 cantos do mundo. Quem tiver twitter, orkut, facebook, myspace ou qualquer outro deve divulgar também. Quem tiver acesso aos fã clubes da Pitty ou aos grupos de proteção animal no Brasil todo também deve repassar. Vamos lá pessoal, é uma oportunidade única de fazer diferença, de mudar a mentalidade das pessoas.

Votar é muito fácil, você clica no link, vai na playslist da Pitty e vota quantas vezes quiser. Não precisa fazer cadastro.

http://sonora.terra.com.br/vote


sábado, 19 de dezembro de 2009

Pausa para o trabalho

Olá, surgiu um trabalho de freelancer que anda consumindo bem o meu tempo, isso reduziu a velocidade com que escrevo a biografia do Sarney, mas dentro em breve, uns quatro dias, consigo colocar a terceira parte.
Não me esqueci de vocês =)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

José Sarney, o imperador parte 2



Ex-presidente do Brasil, atual do Senado, ex-Governador do Maranhão, ex-deputado federal da antiga UDN e dono de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa construiu em sua carreira política algo que até Hugo Chaves sonha em edificar.
Uma população de súditos que, apesar de não obterem retorno, sempre dão ao seu déspota o poder.
Sim, o título de Excelentíssimo para esse senhor de 79 anos está muito abaixo do que ele realmente é, Sarney “O imperador”, o “Senhor do Maranhão” ou quem sabe “o Príncipe do Brasil” estão muito mais próximos de seu real poder nas terras canarinhas.

Sarney, titulo em homenagem a seu pai, Sarney Costa, é Senador pelo Amapá, apesar de não ter nascido no estado (é de Pinheiro no MA), e sem ao menos morar lá, conquistou os votos das pessoas que residem nesta região.
Talvez seu poder resida no bigode sempre bem cortado e em seu rosto que transpira a mais pura confiança em suas habilidades políticas. Uma pessoa que até mesmo fisicamente é regida pela constância, na postura, no visual, nos gestos e nas ações.

Carreira política:
Maranhão

Zé Sarney começou sua escalada política nos longínquos ano de 1950 como suplente de deputado federal pelo Maranhão, o que dá o título de mais experiente na carreira parlamentar brasileira. Foi eleito pela PSD, partido de apoio à Eurico Gaspar Dutra. Em 1955 efetivou-se no cargo, sempre na base aliada e continuou seu mandato até 1966, sendo que em 59 passou para a UDN que fazia oposição ao atual presidente Jucelino Kubtischek, do PSD, talvez a única vez em que Sarney não foi da situação, mas acredito que já pensasse no futuro.

Em 1964, ano do golpe que retirou João Goulart, ele foi contra a tomada, embora com a instituição do bipartidarismo ele tenha passado para a ARENA, sigla aliada ao governo militar.
Em 1966 assume a cadeira de Governador do Maranhão e assim começa o seu absolutismo no estado. Vale salientar que o Maranhão é a federação brasileira com pior índice de IDH. Até hoje o estado está na mão da família, afinal, a dona da cadeira executiva de lá é Roseana Sarney.
Nos últimos 54 anos a família esteve no governo do estado diretamente por 15 anos e, indiretamente, considere pessoas que obtiveram votos por serem ligados à família, por incríveis 32 anos.

Logo em seu primeiro mandado no executivo, José criou uma lei que regou as terras do Maranhão com o sangue das pessoas que trabalhavam diretamente com ela. Em 1969 surgiu a Lei de Terras (Lei nº. 2579/69), popularmente chamada de Lei Sarney que tinha como conteúdo a colonização de áreas não exploradas levando ao povoamento amazônico e também seu desenvolvimento.

Claro, acabou virando uma pandemia de terras griladas e invasões ilegais. Muitos investidores do sul e centro-oeste do país foram para a região, “empurrando” os cidadãos para cada vez mais longe dos melhores locais, através da compra a preços ínfimos de suas propriedades mesmo que para isso o uso de jagunços tenha sido necessária. O desenvolvimento transformou-se em latifúndios. Por volta de 1.500.000 de hectares pararam nas mãos de grandes senhores da terra.

Segundo Luis Antônio Camara Pedrosa (ex- assessor jurídico da Comissão Pastoral da Terra de São Luís/MA):
“Data desse período a pilhagem que se sucedeu sobre as terras
devolutas do Estado. A grilagem, implantada com a vinda das
grandes empresas do sul e do centro-oeste, açambarcou
inclusive os corredores de 200 Km de largura ao longo da
rodovias, destinadas por decretos à colonização. O único refúgio
para os camponeses chegou a ser os 30 metros de terra ao
longo das rodovias”

Além disso, vários camponeses foram feridos em confrontos com a polícia, caso de Manoel da Conceição preso em uma Assembléia de lavradores. Ele foi torturado e perdeu a perna por causa de um ferimento à bala na ocasião.

Segundo dados do IBGE de 1970, as propriedades com menos de 100 hectares, ou seja, que não são consideradas latifúndios, representavam 87,6% dos estabelecimentos e apenas 5,6% da área rural do Maranhão. Em 1995, 26 anos da Lei Sarney, eram 76,5% ocupando diminutos 3,6%.

Vale salientar que o desenvolvimento que Sarney prometeu não aconteceu. Maranhão tinha o pior índice de mortalidade da época e uma população ruralizada, longe dos centros de saúde das cidades.

Meio século depois e o estado, como já dito, está na lanterna do ranking do IDH e 52% da população ainda vive dos produtos do campo.




domingo, 6 de dezembro de 2009

José Sarney, o imperador parte 1


Começo aqui uma sequência de histórias sobre uma das figuras mais marcantes do território nacional. José Sarney.
Curiosamente o primeiro texto não será meu. Ele é retirado do livro "Honoráveis Bandidos" do jornalista e escritor Palmério Dória.
Como foi a única fonte que achei falando sobre a infância e a fase anterior à carreira política, tenho convicção que é ético colocar o texto aqui, ao invés de simplesmente parafrasear.

A URNA DO ZÉ


Uma história alegra o anedotário político maranhense desde os idos de 1950. Pelas ruas de São Luís, lá vai o desembargador Sarney Costa. Carrega numa das mãos alguns livros, e uma caixa de madeira embaixo do outro braço. Tem forma de pirâmide, mas com o topo cortado e um tampo com uma fenda no centro. Ele só largava a caixa e os livros se passasse em frente de alguma igreja, para poder ajoelhar-se e fazer o sinal-da-cruz.

O desembargador, que chegou a presidente do Tribunal de Justiça, tinha um tique não muito raro, de piscar e repuxar para cima um dos olhos junto com o canto da boca. Foi ao Rio de Janeiro, inclusive, consultar-se com um grande neurologista que lhe indicaram, doutor Deolindo Porto. Mas desistiu na primeira consulta: o homem tinha o mesmo cacoete que ele.

O Sarney pai, que mais tarde daria nome a povoações e a tudo quanto é logradouro e prédio público Maranhão afora, quando o paravam na rua e perguntavam que caixa era aquela que carregava, respondia, batendo na madeira:

“Esta é a urna do meu filho Zé.”

O povo aumenta mas não inventa. A parábola da urna evidencia a quem José Sarney deve sua carreira política. Ele começa sem identidade própria. É apenas o “Zé do Sarney”, por sua vez com tal nome registrado porque o avô do nosso herói, diz a história, quis homenagear um inglês ilustre que aportou a serviço no Maranhão e a quem todos chamavam de Sir Ney.

‘AL CAPONE SERIA MERO APRENDIZ’


O pai é quem lhe abre todas as portas. A família Costa veio do interior, de Pinheiro, no oeste, na região da Baixada, que forma grandes lagos na época das chuvas. Sarney, com 15 anos, começou a estudar no Liceu Maranhense. Aderson Lago, de tradicional estirpe política, ex-chefe da Casa Civil do governador maranhense Jackson Lago [cassado em abril de 2009], é uma memória viva daqueles tempos:

“Sarney nasceu, cresceu e criou dentes dentro do Tribunal”, diz Aderson, que faz o seguinte resumo: “O pai não era um fazendeiro abastado, empresário, não era porra nenhuma. Nunca tiveram nada. Nunca acertaram nem no jogo do bicho. Sarney não tem como explicar a fortuna que tem. Ele mesmo contou, quando presidente da República, na inauguração do Fórum Sarney Costa, que o pai teve que vender sua máquina de escrever para mantê-lo por uns tempos.”

Nascido em 24 de abril de 1930, pouco antes da revolução modernizadora liderada por Getúlio Vargas, José Sarney cursou Direito e iniciou-se na política estudantil na década de 1950. O pai arranja-lhe o primeiro emprego, secretário do Tribunal de Justiça. Nessa época, os processos eram distribuídos por sorteio. Colocavam os nomes dos desembargadores numa caixinha e o secretário do Tribunal era quem sorteava o relator de cada processo. Seus primeiros “negócios” foram feitos nessa caixinha. O desembargador que ele “sorteava” era sempre aquele que resolveria o caso conforme a sua conveniência.

Aderson Lago narra a história de certo engenheiro italiano que havia construído a fortaleza de Dien Bien Phu, no Vietnã, e para cá veio tocar a construção do porto do Itaqui, em São Luís – por onde meio século depois sairia o minério de Carajás e outras mil riquezas do Brasil.

Surgiu uma demanda judicial contra a empresa do italiano. No último julgamento, que a empresa perderia e, por isso, quebraria, descendo a escadaria do Tribunal, o italiano, referindo-se a Sarney, comentou com seus advogados:

“Se Al Capone estivesse vivo e aqui estivesse, diante desse rapaz de bigodinho seria um mero aprendiz.”


Na juventude, Sarney usava bigodinho à Clark Gable, como o cantor das multidões Orlando Silva e o Cauby Peixoto. E, como os colegas de sua idade, sonhava com um lugar na Academia Maranhense de Letras, que um dia ele conquistaria. Afinal, São Luís era a Atenas Brasileira. Ou melhor, segundo línguas mais realistas: a Apenas Brasileira.

Aos 24 anos, sem ter sido sequer vereador, Sarney se elege quarto suplente de deputado federal nas eleições de 3 de outubro de 1954, pelo Partido Social Democrático, o PSD de Victorino Freire, realizadas pouco depois do suicídio de Getúlio Vargas, e quem viveu na época não duvida que tal feito se deveu a fraude na 41ª Zona Eleitoral de São Luís.

Nesse episódio é que se viu, durante um trote de calouros da Faculdade de Direito, um cartaz que mostrava o desembargador Sarney Costa com uma urna embaixo do braço e o balão:

“Essa é do Zé meu filho.”


A escada sempre era o pai. Aderson conta como Sarney se inicia de verdade na política:

“Ele começou como oficial de gabinete do governador Eugênio Barros, trabalhava no palácio. Pela influência do pai, sempre. Ele foi oficial de gabinete porque era brilhante? Não. Sim porque o pai era desembargador e a Justiça no Maranhão estava sempre atrelada ao governo.”

Em 1958, sim, ele então se elege deputado federal, já pela UDN, União Democrática Nacional. Não é mais José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Tomou para si o nome do pai e se tornou José Sarney. Assim, chega à Câmara Federal, ainda no Rio de Janeiro, no Palácio Tiradentes, e assina o termo de posse a 2 de fevereiro de 1959, data que ele considera oficialmente com a do início de sua carreira política – cujo cinqüentenário ele comemorou em dia tão anuviado, apesar do sol sobre Brasília, naquele 2 de fevereiro de 2009 [dia da posse de Sarney, pela terceira vez, na Presidência do Senado].

Não lhe saía da cabeça o filho [Fernando], cérebro do império Sarney, transformado em caso de polícia, enquadrado pelos federais num rosário de crimes a sujeito a qualquer momento a ganhar um par de algemas em torno dos pulsos e ir parar atrás das grades.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Supremo decide processar Azeredo por mensalão tucano

Por 5 votos a 3, STF acata denúncias contra senador mineiro pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro

Mariângela Gallucci, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 3, abrir processo criminal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A partir de agora, o congressista tucano é réu numa ação penal e será julgado por suspeita de envolvimento com os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Por 5 votos a 3, o STF aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal. Para a acusação, Azeredo teria participado de um esquema de desvio de recursos públicos e de caixa 2 na campanha de 1998, quando tentou se reeleger governador de Minas Gerais, mas perdeu a disputa para Itamar Franco.
No julgamento - que começou em novembro, foi interrompido por um pedido de vista e concluído nesta quinta -, prevaleceu o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, para quem houve desvio de recursos de empresas estatais para a campanha de Azeredo. Três dos 11 ministros do STF faltaram à sessão.



"Temos comprovadamente a saída de recursos estatais que foram canalizados para uma campanha. Isso está documentado num laudo imenso que consta dos autos", disse Barbosa. "Não há a menor dúvida de que ocorreram desvios das estatais. Não há menor dúvida de que houve aparentemente uma lavagem de dinheiro", afirmou. "O Supremo não é cemitério de inquéritos e ações penais contra quem quer que seja", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello, que concordou com Barbosa.



O ministro Carlos Ayres Britto, que integra o STF e preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproveitou o julgamento para passar um recado: "Caixa 2 é um modelo maldito de financiamento de campanha em nosso país. É uma desgraça no âmbito dos costumes políticos eleitorais brasileiros", disse.



Mesmo script



Ayres Britto observou que o modelo do suposto caixa 2 foi usado em outras ocasiões. "O esquema parece até reprise de um filme. Já vimos esse filme, o script foi um modelo que parece que fez escola. Os protagonistas, o modus operandi, o tipo de benefício, um agente central nesse processo que não entendia nada de publicidade, mas entendia tudo de finanças", afirmou, numa referência ao suposto operador do esquema Marcos Valério, que protagonizou o escândalo do mensalão do PT, em 2005.



De acordo com Barbosa, há indícios de que Azeredo teria sido o responsável pelo planejamento e pela execução dos atos que resultaram nos supostos desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que teriam sido viabilizados supostamente por empresas do publicitário Marcos Valério.



Segundo o ministro, há similitude entre o esquema do mensalão mineiro e o federal. O primeiro seria o "embrião" do segundo. Por esse motivo, Barbosa defendeu que o processo sobre o esquema em Minas Gerais seja julgado juntamente com a ação aberta pelo tribunal em 2007 contra 40 acusados de participação no mensalão federal.



Bate-boca



Barbosa ficou visivelmente contrariado com o voto do novato no STF, o ministro José Antonio Dias Toffoli, primeiro a se posicionar a favor de Azeredo. Ex-integrante do governo Lula, Toffoli concluiu que não há indícios de que o ex-governador de Minas Gerais tenha se envolvido com o esquema do mensalão mineiro.



Ex-subchefe da Casa Civil da Presidência da República e ex-advogado-geral da União no governo de Lula, Toffoli disse que leu detalhadamente o inquérito e não encontrou nenhum ato praticado por Azeredo. "Também não vi na própria denúncia a participação de Azeredo", afirmou Toffoli. "A denúncia imputa-lhe os fatos apenas por ele ter sido na época o governador", disse.



Toffoli afirmou que tudo indica que é falso um recibo anexado que comprovaria o recebimento de R$ 4,5 milhões do empresário Marcos Valério. O ministro comparou ainda os gastos de campanha de Azeredo com os de outros candidatos que disputaram o governo mineiro, em 1998.



Relator do inquérito no STF, o ministro Joaquim Barbosa reagiu publicamente no plenário ao voto do colega. "Vossa Excelência está fazendo comparações absolutamente impertinentes", afirmou. Toffoli pediu licença para continuar seu voto. Barbosa voltou a intervir: "Nessa fase não se examina se tal recibo é ou não falso."



Toffoli também reagiu e disse que tinha ouvido Barbosa por dois dias - que foi o tempo consumido pelo relator para ler o seu voto, em novembro. "Não ouviu meu voto, não leu os autos", acusou Barbosa. Além de Toffoli, votaram contra a abertura da ação penal contra Azeredo o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Eros Grau. "Eu também não consigo encontrar base para receber a denúncia por peculato e lavagem de dinheiro", disse Gilmar Mendes.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CCJ aprova exigência de diploma para jornalista

Foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/09, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE ), determinando que a profissão de jornalista seja privativa do portador de diploma de curso superior de jornalismo. A matéria segue para deliberação no Plenário.

A matéria foi acolhida na CCJ com emendas do relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). De acordo com o texto aprovado, a profissão de jornalista deve ser privativa de portador de diploma de curso superior de jornalismo, cujo exercício será definido em lei. A regra é facultativa ao colaborador - aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado à sua especialização.

A exigência do diploma não é obrigatória para aquele que comprovar o efetivo exercício da profissão ou para jornalistas provisionados (os que não têm diploma em jornalismo, mas obtiveram registro por terem sido contratados por empresa jornalística em município onde não há curso específico).

Agência Senado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eleições 2010

Vai ser interessante ver o PT "blindando" a Dilma através do ataque de ética sobre o PSDB e DEM.
Vão passar por cima do seu próprio mensalão e jogar para o povo a sujeira que está impregnada nos dois partidos da oposição.
PSDB e DEM não deixarão para trás e virão com Roberto Jefferson, escândalo dos correios e mais e mais mensalão.
Será um 2010 de "Eu faço, mas você também faz!", que nojo será o horário político de 2010.
Assistamos a propaganda partidária obrigatória com um balde do lado.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sarney e Temer fazem discurso pela paz a Ahmadinejad



CAROL PIRES - Agencia Estado


BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebeu o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, no salão nobre do Senado com um discurso sobre paz entre os povos. "A melhor notícia que podíamos receber seria a do fim do conflito entre árabes e judeus, duas nações profundamente sofridas. Povo judeu que chegou na sua diáspora a ser quase dizimado e o povo palestino, expulso de suas terras, vítima de violência constante", disse o senador, ao ressaltar que o Brasil faz fronteira com dez países "de cooperação, nunca de confrontamento".



O deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara dos Deputados, seguiu o tom do discurso de Sarney e afirmou que no Brasil todas as raças e crenças religiosas vivem "na maior harmonia". "Vemos com muita alegria cívica a possibilidade de o Brasil sempre fazer papel de mediador de muitos conflitos internacionais", declarou Temer, em sessão da qual também participaram os deputados Edinho Bez (PMDB-SC) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF).



Suplicy lembrou que o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em Bagdá, vítima de atentado atribuído à Al-Qaeda contra a sede local da Organização das Nações Unidas (ONU), defendia o diálogo entre todas as nações, "inclusive entre aqueles que pensam diferente". "Sua presença e suas ideias em vários lugares do mundo às vezes causam reações. Como aqui temos convivência pacífica entre judeus, árabes, persas, pessoas de todas as origens e raças, somos solidários aos sentimentos do povo judeu e do povo palestino", disse o petista.



Mahmud Ahmadinejad chegou ao Congresso uma hora e meia depois do horário marcado inicialmente. Na chegada do presidente iraniano, os deputados Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) e Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) protestaram contra a visita, assoprando apitos e estendendo uma faixa com a frase "Holocausto nunca mais".

domingo, 22 de novembro de 2009

Filiados do PT vão às urnas para escolher o novo presidente do partido

Lula, Dilma e Berzoini devem votar em urna especial instalada em Brasília
Petistas também escolhem presidentes regionais e municipais e diretórios




Diego Abreu Do G1, em Brasília


Um milhão e 350 mil petistas estão aptos a votar nas eleições do Partido dos Trabalhadores (PT) neste domingo (22). O pleito vai ocorrer em todo o país e será destinado à escolha dos novos dirigentes do partido para o período 2010-2012, entre os quais os presidentes nacional, regionais e municipais da legenda.


O cargo de presidente nacional terá uma importância adicional, pois o eleito terá como missão comandar o PT nas eleições presidenciais de 2010. A votação será iniciada às 9h e está prevista para ocorrer até as 17h.


A apuração, no entanto, deve ser demorada, uma vez que o processo não é eletrônico. Os votos serão marcados em uma cédula única e depositados em uma urna. A contagem dos votos, segundo a assessoria do partido, deve ser encerrada somente no meio da semana.


Os candidatos à sucessão do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), são José Eduardo Dutra, de Sergipe, José Eduardo Cardozo (SP), Geraldo Magela (DF), Markus Sokol (SP), Iriny Lopes (ES) e Serge Goulart (SC).


Ricardo Berzoini não disputa a eleição deste domingo porque o regimento do PT impede que os filiados exerçam cargos na Executiva Nacional do partido por mais de três mandatos consecutivos. Em 2005, ele foi secretário-geral da legenda. No mesmo ano, foi eleito presidente nacional do PT, sendo reeleito em 2007.


O Processo de Eleição Direta (PED), como é denominado pelo partido, terá uma urna especial em Brasília destinada à votação dos petistas de outros estados que trabalham na capital brasileira. De acordo com informações do PT, 71 filiados estão cadastrados para votar na urna colocada na sede do Diretório Nacional.

Lula

Lula, Dilma e Berzoini devem votar em urna especial instalada em Brasília
Petistas também escolhem presidentes regionais e municipais e diretórios


Dentre os 71 petistas que devem votar neste domingo, estão o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. A assessoria de Lula informou que o presidente pretende votar pela manhã.


Para ser eleito, o novo presidente deverá obter 50% dos votos válidos mais um. A regra é a mesma para os cargos de presidente estadual e municipal do PT. O segundo turno da eleição está marcado para o dia 6 de dezembro.


Além dos novos presidentes, os petistas também irão escolher os integrantes dos diretórios nacional, estaduais, municipais e zonais. Como o voto é facultativo, as lideranças da legenda não calcularam uma estimativa de quantos filiados devem votar. Na última eleição, em 2007, 326 mil petistas compareceram às urnas em todo o país.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tarso diz que Lula decidirá sozinho sobre Battisti e que não há prazo para isso

Ainda cuidando do meu pai. Ele já saiu do hospital e está em casa agora. Acho que até semana que vem volto a postar meus textos autorais. Aqui mais uma noticia relevante sobre nosso território.
Considerando a posição de Gilmar Mendes e defender o terrorista italiano, e conhecendo nosso presidente, dá pra entende porque o Ministro da Justiça está tão confortável e passar a decisão.


GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem prazo para decidir sobre a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti. Tarso disse que Lula vai decidir "sozinho" sobre a questão --sem necessariamente seguir o seu despacho favorável à manutenção do refúgio ao italiano, ou a posição do STF (Supremo Tribunal Federal) de extraditá-lo.

"Este é um juízo do presidente, solitário. No momento que ele estiver decidindo, não vai estar desautorizando ninguém, nem o Supremo Tribunal Federa ou seu ministro de Estado. Ele tem que decidir em função dos interesses do país, da sua soberania, do cenário internacional. Seja qual for a sua decisão, ele não estará desautorizando ninguém", disse Tarso.

Apesar de não revelar a posição de Lula, o ministro disse esperar que o presidente decida com base em sua visão "humanitária", numa sinalização de que Lula pode encontrar saída jurídica para abrigar Battisti no Brasil. "A decisão vai vir com uma visão humanista e politizada", afirmou.

Tarso disse que o presidente vai ouvir oficialmente a AGU (Advocacia Geral da União) para decidir sobre Battisti. Se for chamado por Lula para consulta, o ministro prometeu reiterar sua posição favorável à concessão do refúgio --mesmo depois da maioria do STF ter concluído pela extradição.

Na opinião do ministro, uma "escassa" minoria da Suprema Corte votou contrariamente ao seu despacho, o que demonstra que o tribunal estava dividido em relação ao caso.

Tarso negou, porém, que tenha conversado com o presidente Lula depois da decisão final do STF. "Ele vai verificar a conveniência de ouvir pessoas. O presidente sabe a minha opinião, nunca me fez qualquer observação positiva ou negativa a respeito do assunto."

O ministro disse que o Brasil tem "orgulho" de ser um destino de refugiados políticos que foram perseguidos em seus países de origem --por isso defende que Battisti fique no país. "O Brasil é uma terra que dá abrigo para refugiados. Temos mais de 150 cubanos que ninguém se preocupa com a sua extradição", ironizou.

Segundo o ministro, Lula tem o "prazo que achar conveniente" para decidir sobre o impasse em torno do futuro de Battisti. Mas ressaltou que, em caso de extradição, o terrorista só poderá ser devolvido à Itália depois da conclusão dos processos a que responde no Brasil. "Hoje ele não poderia ser extraditado porque responde a processo no Brasil por falsidade ideológica. Temos que esperar o fim do processo."

Ontem, o STF decidiu que o presidente Lula tem autonomia para deliberar em última instância sobre a extradição de Battisti para a Itália. A Corte também determinou o retorno de Battisti para a Itália por entender que ele cometeu crimes hediondos, e não políticos. Mas a palavra final, segundo o tribunal, será de Lula.

Supremo

Ao comentar a decisão do STF de deixar nas mãos de Lula o destino de Battisti, Tarso disse que o tribunal manteve os princípios da Constituição Federal --que determina ao chefe de Estado decidir sobre concessões de refúgio. "Compete ao presidente orientar a política externa. O STF compreende o ato como um juízo político do presidente, devolve a ele [Lula] a decisão que o Ministério da Justiça já tinha tomado, de não conceder a extradição", afirmou.

Tarso disse que a decisão do STF não foi contraditória uma vez que, apesar de ser favorável à extradição, o tribunal entendeu que a última palavra sobre o caso deve ser do presidente. "Em última instância, o sistema constitucional foi preservado."

Na opinião do ministro, Battisti deveria ser solto, mesmo respondendo ao crime de falsidade ideológica. Tarso, porém, evitou polemizar sobre o tema por considerar que é da alçada da defesa do italiano.

O ministro disse que pediu a Battisti, por intermédio de parlamentares que o visitaram na prisão, para encerrar a greve de fome que teve início na semana passada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

DEM faz esforço para manter unidade em relação ao PSDB

Temos que manter o pacto de unidade do partido, respeitando as preferências', disse Agripino Maia



Carol Pires, da Agência Estado


BRASÍLIA - Após as declarações do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM) de que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se comporta no processo pré-eleitoral "como os piores caudilhos", lideranças do DEM correram para reforçar a imagem de união do partido em relação ao PSDB. Senadores e deputados da sigla se reuniram, em almoço na residência do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), com a presença do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), para "gerar uma fotografia de união", como definiu o líder do partido, senador José Agripino Maia (RN).



"Foi um almoço para gerar uma fotografia, para mostrar a união do partido e deixar claro o seguinte: a manifestação de preferências é aceita, mas não pode ultrapassar os limites da colaboração que o partido tem que oferecer ao PSDB seja quem for o candidato", resumiu o senador potiguar. Ele se referia à opção por Serra ou pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves - os dois presidenciáveis tucanos.



Agripino afirmou ainda que o DEM deve respeitar o tempo do PSDB para escolher o cabeça-de-chapa para as eleições presidenciais do próximo ano. O DEM poderá indicar o candidato a vice-presidente na coligação. "O juiz do tempo é o PSDB. Temos que manter o pacto de unidade do partido, respeitando as preferências, mas sem permitir que a manifestação de preferências interfira na unidade do partido", completou.



Apesar o almoço ter sido marcado para contrapor as recentes declarações tanto de Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM quanto do ex-prefeito Cesar Maia, - ambos criticando a demora do PSDB em definir o candidato -, José Agripino nega que esse assunto tenha sido tratado durante o encontro de hoje. "É assunto superado, ninguém tocou neste assunto. É coisa que não se considera. É uma coisa com a qual o partido não colabora", disse.



Para amanhã está marcado um novo almoço de conciliação, desta vez entre Rodrigo Maia, José Agripino, o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), e o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (SP). O objetivo do novo encontro é o de mostrar que a união dos partidos de oposição está acima de eventuais declarações dos filiados do DEM, divididos entre os apoiadores da candidatura de Serra e os que optam pela de Aécio.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mais PEC do jornalismo

E a PEC do diploma de jornalismo (386/09) até que está indo mais longe do que pensei.
Ela foi votada e aprovada ontem na Câmara dos deputados e possivelmente semana que vem deverá ser pauta no Senado.

A votação foi por líder de bancada, ou seja, somente o "cabeça" de cada partido teve direito ao voto e, com isso, a PEC ganhou com quase unanimidade. Quem ergueu a voz contra a regulamentação foi somente o PSDB.

Vamos ver no que vai dar na CCJC do Senado, embora tudo indique uma vitória dos que são a favor dos diplomados, não pela força das associações jornalísticas, mas sim, pelo o acordo de cavalheiros feito com a OAB, como só tem advogado em Brasilia, acho que a votação será favorável.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A manifestação do gene da américa latina

E a babaquice causada pelo gene dominante nos governadores latinos começa a se expressar cada vez mais. Este gene não só faz crescer bigodes e causa um incrível impulso para o uso de boina e chapéu. Ele também causa guerras absurdas só para dizer "O meu é maior que o seu", digo o país e a ideologia, claro.
Enquanto Brasil, Chile, México e até a Colombia rumam para um futuro democrático e até promissor, o "resto" não consegue sair da lama do "Comunismo Sulista".
Bem, entendam o que quero dizer com esse texto retirado do site do Estadão.


Colômbia denunciará 'ameaças de guerra' de Chávez à ONU

Líder venezuelano volta a subir o tom contra Bogotá e EUA e pede que população se prepare para conflito

estadao.com.br

BOGOTÁ - O governo da Colômbia anunciou no domingo, 8, que levará as "ameaças de guerra" lançadas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, perante o Conselho de Segurança da ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Em seu programa de TV dominical, Chávez pediu aos líderes militares que estejam "prontos para a guerra" e preparem o povo para "defender a pátria" ante uma agressão. As declarações foram feitas em meio a uma elevada tensão com a vizinha Colômbia por causa de um acordo de cessão de bases colombianas aos EUA.

"A Colômbia não fez nem fará um só gesto de guerra à comunidade internacional, muito menos a países irmãos", diz um comunicado divulgado pela Presidência, acrescentando que o governo "mantém sua disposição ao diálogo franco" para sair da crise com a Venezuela. "O único interesse que nos movimenta é a superação do narcoterrorismo que durante tantos anos maltratou os colombianos", continua o comunicado do governo, insistindo em defender no conflito com o país vizinho "as vias do entendimento e das normas do direito internacional".



Chávez voltou a subir o tom na crise com a Colômbia ao falar de se preparar para a guerra perante uma eventual agressão que, na sua opinião, poderia ser incubado nos EUA contra seu país. "Senhor comandante da guarnição militar, batalhões de milícias, vamos treinar. Estudantes revolucionários, trabalhadores, mulheres: todos preparados para defender esta pátria sagrada que se chama Venezuela", disse Chávez em seu programa semanal de rádio e TV Alô, presidente! "Se vivêssemos em um mundo no qual se respeitasse a soberania dos povos e o direito internacional poderíamos nos dedicar a qualquer coisa menos nos preparar para a guerra", acrescentou.



"Estamos dispostos a tudo, mas a Venezuela não será jamais uma colônia ianque nem de ninguém." Chávez destacou que seu país foi "cauteloso" com o triunfo de Obama "e logo percebeu a verdade". Segundo ele, o "império está vivo e mais ameaçador do que nunca". "O governo colombiano transferiu-se para os EUA. Já não está em Bogotá. O governo e a oligarquia colombianos tiraram as máscaras", acrescentou o líder bolivariano.



As relações entre a Venezuela e a Colômbia sofreram altos e baixos na última década e vivem nova crise desde julho. Chávez congelou as relações bilaterais após a Colômbia anunciar que pretendia ceder o uso de sete de suas bases aos EUA. A crise diplomática se aprofundou nas duas últimas semanas, quando dois militares venezuelanos foram assassinados no Estado fronteiriço de Táchira por supostos paramilitares. Depois do incidente, a presença militar venezuelana foi reforçada nas fronteiras com a Colômbia e o Brasil, sob o argumento de intensificar as operações contra o narcotráfico e a extração ilegal de minérios.

Antes do assassinato dos militares, há duas semanas, dez pessoas que haviam sido sequestradas foram encontradas mortas, também no Estado de Táchira. O governo venezuelano disse na ocasião que se tratavam de "paramilitares colombianos em treinamento" na Venezuela. Neste mesmo período, dois agentes do serviço de inteligência colombiano foram presos em território venezuelano acusados de espionagem - alegação que o governo colombiano nega.

sábado, 7 de novembro de 2009

Gastos com parlamentares



Estou na minha cidade natal, Catanduva-SP, meu pai terá que passar por uma cirurgia e, além disso, tem todo o processo de visitar a família e tudo mais.
Com isso, acabei não tendo tempo para escrever um texto, porém vou indicar uma notícia interessante sobre os gastos públicos.
A reportagem é do Estadão, jornal que resolveu "olhar para trás" e fazer o que os jornais têm que fazer e está sendo muito bem sucedido nesse aspecto.
O link para a notícia:Quanto custam os parlamentares

Quanto a Eduardo Azeredo,PSDB-MG, o Ministro Joaquim Barbosa, acatou a denúncia de desvio de dinheiro no caso chamado de "mensalão mineiro". Isso significa que o senhor Azeredo será julgado, longe de dizer se será culpado por isso, já que, nunca ninguém com foro privilegiado foi considerado culpado desde sua criação em 1988.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O mensalão mineiro



O Deputado Federal do PSDB-MG, Eduardo Azeredo, está sendo acusado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de desvio de verba para a campanha de reeleição para Governador do estado em 1998. O evento foi chamado de “mensalão mineiro” alusão ao caso nacional encabeçado pelo PT, PTB, PP, PL e outros partidos da base aliada denunciado por Roberto Jefferson, PTB-RJ, em junho de 2005.

No caso de Minas Gerais, Marcos Valério, sim ele mesmo, comandou um esquema de desvio de verba de três estatais, COPASA, COMIG, CODEMIG, além do Grupo Bemge totalizando R$ 4,5 milhões. A verba foi “oficializada” como investimento em eventos esportivos e foi lavado com falsos títulos de empréstimo do Banco Rural.
Dos 36 acusados, Eduardo Azeredo é o único que possui foro privilegiado, ou seja, é julgado diretamente pelo STF. Bem, se depender disso, Eduardo está tranquilo e confiante, já que, desde que foi criada em 1988, junto com a Carta Magna, nunca, repito, nunca alguém foi julgado culpado pelo Supremo sob a égide do foro privilegiado.
Só para constar, quem assumiu o cargo executivo naquela eleição foi Itamar Franco, PMDB.

Não deixa de ser interessante ver que o único deputado que pode ser considerado culpado por um “mensalão”, é do PSDB, e não, do PT que no seu esquema nacional teve mais de 44 pessoas envolvidas.

Esquema mensalão mineiro segundo Estadão


Manobra das empresas não passa e votação da PEC dos Jornalistas será dia 11



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) encerrou a discussão nesta quarta-feira (4), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09, que restitui a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. A comissão decidiu que o parecer vai a voto na próxima quarta-feira (11). Fazendo papel de advogado das empresas de comunicação, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) tentou impedir a evolução da tramitação da matéria. Foi derrotado e conseguiu apenas protelar a votação.

Aleluia tentou três manobras regimentais. Na primeira, buscou adiar a votação por "até 10 sessões" - o que, na prática, sepultaria a PEC. Perdeu por 29 votos a 10. Depois trabalhou para adiar a discussão e, por fim, tentou fazer com que a votação da matéria fosse nominal, o que exigiria a verificação de quorum na reunião da CCJC. Também perdeu, mas a votação acabou sendo adiada em função de que a reunião se estendeu até parte da tarde.

Durante a reunião, o relator da PEC, deputado Maurício Rands (PT-PE), deixou claro que a proposta assegura a previsão constitucional de liberdade de expressão, pois em seu parágrafo primeiro prevê que nenhuma lei poderá conter dispositivo que possa configurar embaraço à plena liberdade de informação jornalística.

Para Rands, a decisão do STF foi errada e "não há incompatibilidade qualquer entre liberdade de expressão e a exigência do diploma". E sustentou que, com a compatibilização entre o parágrafo primeiro da PEC e o artigo 220 da Constituição, haverá a harmonia entre o direito de liberdade de informação e o direito de exercício da profissão.

A declaração foi rebatida por José Carlos Aleluia. Para ele, não se pode mudar a interpretação que o Supremo dá à Constituição. "Vou impedir que a proposta progrida. Ou que progrida lentamente. Vou colocar pedras no caminho na frente dessa bobagem legislativa", afirmou. Na mesma linha, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB/PA) defendeu no plenário voto em separado contrário à PEC.

Para o autor da emenda constitucional, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), as manobras só serviram para mostrar a inclinação dos integrantes da comissão à aprovação da proposta. "Todas as tentativas de impedir que a votação ocorresse foram rejeitadas por ampla maioria, mostrando com isso uma tendência favorável à PEC", explicou.

Alternativa imposta
No debate na CCJC, embora sejam defensores do diploma, alguns parlamentares argumentaram que não seria necessário restituí-lo através de emenda constitucional, bastando o caminho da legislação ordinária. No entanto, o deputado Flávio Dino (PCdoB/MA), que é juiz de carreira, foi enfático ao sustentar que a PEC é a alternativa correta. "Este é o único caminho e foi imposto pela decisão equivocada e indevida do STF, que se sobrepôs ao parlamento e constitucionalizou o debate", disse.

Vitória parcial
Segundo José Carlos Torves, um dos integrantes da delegação de dirigentes da FENAJ e dos Sindicatos de Jornalistas que acompanhou a reunião, as iniciativas do parlamentar contrário à PEC foram derrotadas. "Tivemos uma vitória parcial, mas muito importante, pois a discussão na Comissão já aconteceu, a votação foi marcada para a próxima semana e não será nominal", disse.

O sindicalista explica que, com as decisões da CCJC desta quarta-feira, na próxima semana não será necessária a verificação de quorum, podendo a votação ser feita através das lideranças de bancada. Otimista, observa que "as três maiores bancadas no Congresso Nacional apóiam a PEC e, mesmo nas bancadas que resistem à proposta, há diversos parlamentares que apóiam a defesa do diploma".

O presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, registra, no entanto, que o jogo é pesado e que diversos parlamentares reclamaram da pressão do patronato. "É necessário prosseguir com o movimento de sensibilização dos parlamentares e manifestações públicas em defesa do diploma, pois está claro que esta luta está sendo dura e não podemos desprezar a força de nossos adversários dentro e fora do parlamento", concluiu.

Com informações da Agência Brasil

Noticia retirada do site da Federação Nacional de Jornalismo (FENAJ)

Para mais informações sobre o assunto: PEC do diploma de jornalismo



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Plenário vazio para ajudar aposentados


Por mais uma vez o Governo tranca a votação do reajuste da aposentadoria e da forma mais escancarada possível. Pediu para seus deputados não comparecerem à sessão ordinária, deixando praticamente Paulo Paim, PT-RS, que é da base, falando sozinho em plenário.
Michel Temmer, PMDB-SP, prometeu que seria votada hoje, porém também foi deixado na mão pela sua base aliada. Traduzindo para um português claro, nem mesmo eles podem confiar em seus parceiros, imagine os aposentados.
Chega a ser engraçado que a coligação que domina o Estado não esteja do lado de seus próprios representantes.
A proposta vincula o aumento do salário minimo ao reajuste da aposentadoria o que, segundo Cândido Vacarezza, PT-SP , significa um acréscimo de R$ 6 bilhões ao INSS somente em 2010 e crescendo por durante os anos. Isso faria com que o aumento do salário minimo fosse congelado ou bem menor do que o praticado nos últimos anos.
Considerando-se que semana que vem só haverá votações sobre o pré-sal, segundo o blog de Cristina Lobo, os aposentados passarão o natal sem o resultado da votação.

Para onde vamos?

Fernando Henrique Cardoso, O Estado de S. Paulo, 01/11/09

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio “talvez” porque alguns estão de tal modo inebriados com “o maior espetáculo da Terra”, de riqueza fácil que beneficia poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advém do nosso príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o País, devagarzinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade que pouco têm que ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de “pequenos assassinatos”. Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal-ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira “nacionalista”, pois, se o sistema atual, de concessões, fosse “entreguista”, deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares, se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental numa companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem nenhum pudor, passear pelo Brasil à custa do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso…) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do “autoritarismo popular” vai minando o espírito da democracia constitucional. Esta supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os “projetos de impacto” (alguns dos quais viraram “esqueletos”, quer dizer, obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: “Brasil, ame-o ou deixe-o.” Em pauta temos a Transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no Orçamento e mínguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo Tribunal de Contas da União. Não importa, no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: “Minha Casa, Minha Vida”; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo “Brasil potência”. Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU - contra a letra expressa da Constituição - vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que se tenha esquecido de acrescentar: “L"État c"est moi.” Mas não se esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender o “nosso pré-sal”. Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são “estrelas novas”. Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes, mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora, dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil os fundos de pensão não são apenas acionistas - com a liberdade de vender e comprar em bolsas -, mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou “privatizadas”. Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo, antes que seja tarde.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PEC do diploma de jornalismo


No dia 28 de outubro, seria votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) o projeto de emenda constitucional (PEC) que regulamenta, novamente, a necessidade de diploma para o exercício da profissão de jornalismo. A nova votação será em 4 de novembro.
Projetos desse tipo tramitam no Congresso desde o dia 1° de julho, após a assinatura de 50 senadores liderados por Antônio Carlos Valadares, PSB/SE, apenas 13 dias depois de ter sido proclamado desnecessário o curso específico em Comunicação Social pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O texto proposto pela senador acrescentava na Constituição que a profissão seja de uso “privativo do portador de diploma de curso superior de comunicação social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação, nos termos da lei”, fonte Estadão.
Ainda criava a figura do colaborador nas redações, alguém não formado na área, porém com atribuições de auxilio à carreira. Além de garantir o direito daqueles que já possuem registro no Ministério do Trabalho. É uma forma de apaziguar os ânimos e evitar a inconstitucionalidade da lei por afrontar decisão do STF.
O que seria votado hoje pelo CCJC é do deputado Paulo Pimenta, PT/RS, que aborda os mesmos temas e teve o apoio de 191 legisladores.
A Comissão que analisou o texto é formada por 65 deputados federais sendo 45 da base governista e apenas 20 da oposição. Além deles participam mais 60 suplentes.
Ao analisarmos o gabarito dos votantes percebemos a fraqueza das representações jornalísticas na esfera do poder. Nesse total de 125 pessoas, dois são jornalistas diplomados (Emiliano José PT/BA) sendo que um nunca exerceu a profissão (Luiz Gonzaga Patriota PSB/PE), depois o mais próximo que temos disso é Celso Russomano, PP/SP, que foi repórter e apresentador, contudo é bacharel em direito, aliás curso predominante na carreira política com 67,7% dos deputados titulares na Comissão e 55,9% contando com os suplentes.
A OAB apóia os jornalistas, por algum motivo, no sentido de tornar novamente obrigatório o canudo para o labor, contudo é triste ver que um setor tão influente como o de comunicação seja extremamente desarticulado e sem força institucional, entenda-se política também, para fazer valer os seus direitos dentro do estado democrático de direito.
Se o acordo da OAB se fizer valer, está praticamente assegurada a regulamentação, entretanto 16 deputados exercem profissões correlatas ao jornalismo e em algum ponto poderão votar contra e manter as coisas como estão. Geralmente se apresentam como radialistas ou jornalistas, destes, dois não possuem ensino superior.
O que tiramos de lição disso é que a classe de comunicólogos desse país tem um poder imenso nas mãos, contudo não faz a minima idéia ou se contenta com o pouco que tem separados. Possuir uma Ordem que rege a profissão é delicado e a FENAJ, por exemplo, está longe de ser um modelo, porém um órgão regulador, não dos trabalhos, mas sim dos jornalistas se faz necessário para o enobrecimento e a melhora dessa profissão tão bela.
Sei das complicações pela característica única da Liberdade de expressão que permeia o labor. Uma Ordem serve para regulamentar, assim como o CREA e CRM que julgam casos antiéticos e de lesa ao serviço profissional. Isso de forma alguma é censura.
O medo de poderem ser culpados por suas irresponsabilidades e o caráter inato do anarquismo no jornalismo são as principais barreiras para a criação de um CRJ.
Também atribuo a falta de representação política do setor ao preconceito de assumirem posições dentro da profissão. Com isso, a classe permanece extremamente fraca nos poderes legislativos e tudo porque jornalistas não conseguem entender que o poder fiscalizador, de fora para dentro, da imprensa no Estado seria potencializado com a fiscalização centrifuga, claro que levando em consideração que um deputado jornalista continuaria seguindo seu talento de buscar a verdade, apurar os fatos e divulgar o que está errado.
Voltando ao assunto da Emenda Constitucional, aqui está a lista de todos aqueles que são titulares na CCJC, seus partidos e suas respectivas formações profissionais.
Lembrando que sete cadeiras ainda continuam abertas, sendo cinco da base governista.

ANTONIO CARLOS BISCAIA PT/RJ
Procurador de Justiça
dep.antoniocarlosbiscaia@camara.gov.br

AUGUSTO FARIAS PTB/AL
Advogado
dep.augustofarias@camara.gov.br

CARLOS BEZERRA PMDB/MT
Advogado
dep.carlosbezerra@camara.gov.br

CIRO NOGUEIRA PP/PI
Advogado
dep.cironogueira@camara.gov.br


COLBERT MARTINS PMDB/BA
Médico
dep.colbertmartins@camara.gov.br

EDUARDO CUNHA PMDB/RJ
Economista
dep.eduardocunha@camara.gov.br

ELISEU PADILHA PMDB/RS
Advogado
dep.eliseupadilha@camara.gov.br

EMILIANO JOSÉ PT/BA
Jornalista
dep.emilianojose@camara.gov.br

GERALDO PUDIM PR/RJ
Administrador Público
dep.geraldopudim@camara.gov.br

GERSON PERES PP/PA
Advogado e jornalista (não diplomado em Comunicação Social)
dep.gersonperes@camara.gov.br

JEFFERSON CAMPOS PSB/SP
Advogado
dep.jeffersoncampos@camara.gov.br

JOÃO PAULO CUNHA PT/SP
Metalúrgico
dep.joaopaulocunha@camara.gov.br

JOSÉ EDUARDO CARDOZO PT/SP
Advogado
dep.joseeduardocardozo@camara.gov.br


JOSÉ GENOÍNO PT/SP
Professor (curso de filosofia não terminado)
dep.josegenoino@camara.gov.br

JOSÉ MENTOR PT/SP
Advogado
dep.josementor@camara.gov.br

MAGELA PT/DF
Bancário
dep.magela@camara.gov.br

MARÇAL FILHO PMDB/MS
Advogado
dep.marcalfilho@camara.gov.br

MARCELO GUIMARÃES FILHO PMDB/BA
Advogado
dep.marceloguimaraesfilho@camara.gov.br

MARCELO ITAGIBA PMDB/RJ
Delegado
dep.marceloitagiba@camara.gov.br

MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR/AL
Funcionário Público
dep.mauricioquintellalessa@camara.gov.br

MAURO BENEVIDES PMDB/CE
Advogado e jornalista (Não diplomado em Comunicação Social)
dep.maurobenevides@camara.gov.br

MENDES RIBEIRO FILHO PMDB/RS
Advogado
dep.mendesribeirofilho@camara.gov.br

ELSON TRAD PMDB/MS
Advogado
dep.nelsontrad@camara.gov.br

OSMAR SERRAGLIO PMDB/PR
Advogado
dep.osmarserraglio@camara.gov.br


PAES LANDIM PTB/PI
Advogado
dep.paeslandim@camara.gov.br

PASTOR MANOEL FERREIRA PR/RJ
Advogado
dep.pastormanoelferreira@camara.gov.br

PAULO MALUF PP/SP
Engenheiro Civil
dep.paulomaluf@camara.gov.br

REGIS DE OLIVEIRA PSC/SP
Advogado
dep.regisdeoliveira@camara.gov.br

RUBENS OTONI PT/GP
Professor
dep.rubensotoni@camara.gov.br

SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO PT/BA
Advogado
dep.sergiobarradascarneiro@camara.gov.br

TADEU FILIPPELLI PMDB/DF
Servidor Público
dep.tadeufilippelli@camara.gov.br

VICENTE ARRUDA PR/CE
Advogado e jornalista (não diplomado em Comunicação Social)
dep.vicentearruda@camara.gov.br

VILSON COVATTI PP/RS
Advogado
dep.vilsoncovatti@camara.gov.br

VITAL DO RÊGO FILHO PMDG/PB
Advogado e médico
dep.vitaldoregofilho@camara.gov.br

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO PSDB/SP
Engenheiro Metalúrgico
ep.antoniocarlospannunzio@camara.gov.br

AROLDE DE OLIVEIRA DEM/RJ
Engenheiro
dep.aroldedeoliveira@camara.gov.br

BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB/MG
Advogado
dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br

EFRAIM FILHO DEM/PB
Advogado
dep.efraimfilho@camara.gov.br

FELIPE MAIA DEM/RN
Advogado
dep.felipemaia@camara.gov.br

FERNANDO CORUJA PPS/SC
Advogado e médico
dep.fernandocoruja@camara.gov.br

INDIO DA COSTA DEM/RJ
Advogado
dep.indiodacosta@camara.gov.br

JOÃO ALMEIDA PSDB/BA
Geólogo
dep.joaoalmeida@camara.gov.br

JOÃO CAMPOS PSDB/GO
Delegado
dep.joaocampos@camara.gov.br


JOSÉ CARLOS ALELUIA DEM/BA
Professor
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br

JOSÉ MAIA FILHO DEM/PI
Cursando Direito
dep.josemaiafilho@camara.gov.br

JUTAHY JUNIOR PSDB/BA
Advogado
dep.jutahyjunior@camara.gov.br

MENDONÇA PRADO DEM/SE
Advogado
dep.mendoncaprado@camara.gov.br

PAULO MAGALHÃES DEM/BA
Administrador de empresas
dep.paulomagalhaes@camara.gov.br

ROBERTO MAGALHÃES DEM/PE
Advogado
dep.robertomagalhaes@camara.gov.br

ZENALDO COUTINHO PSDB/PA
Advogado
dep.zenaldocoutinho@camara.gov.br

CIRO GOMES PSB/CE
Advogado
dep.cirogomes@camara.gov.br

FLÁVIO DINO PcdoB/MA
Advogado
dep.flaviodino@camara.gov.br

FRANCISCO TENORIO PMN/AL
Delegado de polícia
dep.franciscotenorio@camara.gov.br

GONZAGA PATRIOTA PSB/SE
Advogado e jornalista (diplomado em Comunicação Social)
dep.gonzagapatriota@camara.gov.br

MÁRCIO FRANÇA PSB/SP
Advogado
dep.marciofranca@camara.gov.br

SANDRA ROSADO PSB/RN
Advogada
dep.sandrarosado@camara.gov.br

SÉRGIO BRITO PSC/BA
Advogado
De Licença
Vaga em aberto para o PSDB

VALTENIR PEREIRA PSB/MT
Defensor Público
dep.valtenirpereira@camara.gov.br


VIEIRA DA CUNHA PDT/RS
Procurador Público
dep.vieiradacunha@camara.gov.br

WOLNEY QUEIROZ PDT/PE
Empresário cursando direito
dep.wolneyqueiroz@camara.gov.br

MARCELO ORTIZ PV/SP
Advogado
dep.marceloortiz@camara.gov.br

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nada a declarar

Blog em crise de identidade. Havia pensando em falar de coisas sérias, mas política já não se encaixa mais nesse perfil.
Talvez falar da possível chapa Dilma-Ciro, mas calma ainda temos muito tempo para isso, apesar de que, só se fala isso no Congresso, estamos de férias desde há muito tempo lá, diria desde o inicio de 2009.
Que tal falar do MST? Bem, mais uma vez estaria falando de palhaçada. A midia sempre diz que que os revolucionários não possuem pessoa juridica, porém, não esquecemos que há inúmeras pessoas físicas que podem ser presas.
Ah mas vão alegar perseguição contra os pobres. Com todo respeito, foda-se! Lei é lei, a imagem, a midia, é problema nosso, dos jornalistas e formadores de opinião.
Enfim, lembrei de algo importante a ser dito. Talvez hoje eu receba alta da fratura da minha perna, vou tomar banho e ir lá. Abraços.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Falha de segurança no hotmail e Gmail permite a publicação de senhas na internet


Como um grande fan de criticar a Microsoft vou trazer mais uma prova do porquê dessa empresa não ser confiável.
Uma falha de segurança permitiu que mais de dez mil e-mails cadastrados no @hotmail, @msn e @live tivessem seus logins e senhas publicados por hackers na internet.
Então galera, via das dúvidas mudem suas senhas do hotmail.

E foi notificado que hoje, seis de outubro, mais senhas, dessa vez do Gmail, vieram a público. Segundo a empresa o número é bem menor e os usuários que caíram no golpe foram notificados para mudarem suas senhas.

Em reportagem para o portal G1: "Recentemente, tomamos conhecimento de um grande esquema de phishing através do qual os hackers obtiveram credenciais de usuários para contas de e-mail baseadas na web, incluindo as do Gmail", disse um porta-voz do Google.

"Assim que ficamos sabendo do ataque, forçamos redefinições de senha nas contas afetadas. Continuaremos a forçar essas alterações de senha em contas adicionais assim que tomarmos conhecimento delas", continuou o representante da gigante de buscas.


Link para a primeira notícia sobre o assunto: http://www.neowin.net/news/main/09/10/05/thousands-of-hotmail-passwords-leaked-online



Aliás, já indo no embalo o site da Vivo o mês passado infectou mais de 200 mil usuários. Os invasores mudaram o código de comando do sitio e colocaram a instalação de um software malicioso. Todos aqueles com sistema operacional Windows rodaram gostoso nessa. Então cuidado mesmo com sites supostamente confiáveis que pedem para fazer atualização de segurança e afins.

Meu sistema operacional, normalmente, é o Ubuntu com kernel Linux/Gnome. Entrei neste dia no site da empresa, foi um terça-feira, porém não fui afetado por causa de diferentes fatores, entre eles, a incompatibilidade do código do "vírus" com o Linux.
Para aqueles que querem mais segurança eu recomendo e não tem tanta complicação como muitos pensam.
Abraços.

Fale comigo:

domingo, 27 de setembro de 2009

Coloca na conta do Tadeu


Antes futuro da nação, agora mais um número da lista do desemprego.
É engraçado como a vida é tão mais fácil quando se entra na faculdade. Estudamos nos cursinhos, ralamos para entrar, achando que essa é a pior fase de nossas vidas. Engano tipico de nossa juventude.
Pensem comigo, nessa fase, temos que estudar, nunca estamos com dinheiro, porém, sempre conseguimos algum pra poder sair, comprar roupas e outras coisas mais. E mesmo assim sempre dizemos “não vejo a hora de ter meu próprio dinheiro”.
Quando falamos essa frase esquecemos de uma questão tipica que vem junto com a grana, teremos nossas próprias contas para pagar. E elas sempre serão, maiores ou iguais à soma do dinheiro que entra.
Entrei na melhor faculdade de jornalismo do país e logo estava no mercado. Foi quando me veio a triste situação da vida, que praticamente é a “menarca” para a vida adulta; quando se começa trabalhar, nunca mais você terá dinheiro. Sim, caros estudantes, é verdade!
Vou dar meu exemplo. Antes de entrar para o setor laboral, eu saía, tinha dinheiro pra usufruir com minha namorada, não faltava comida. Agora que me formei, e faço uns freelancer por aí, minha conta corrente ficou cheia de zeros. Sim, R$0,00 é o retrato do meu banco.
Outro dia consegui R$200,00 que seriam pra pagar o celular e comprar um remédio de pulgas para as gatas. Bem, dois dias depois, não havia nada porque caiu a fatura do cartão de crédito e, obviamente, fiquei na mesma.
É tipo uma constante do universo, que lembra muito Murphy, que rege uma série de encadeamentos monetários que sugará todo o fruto de seu labor.
Mas, mesmo sabendo disso, ainda procuro emprego, se alguém souber de um, fale bem de mim.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

87,4% dos fumantes aprovam lei contra o tabaco em São Paulo




Pesquisa realizada pela empresa Flemming Associados mostra que 87,4% dos viciados em algum
tipo de tabaco são a favor ou concordam em partes com a lei que vigora no estado desde sete de agosto de 2009. Foram ouvidas 2002 pessoas, na cidade de São Paulo, entre os dias 30 de agosto e cinco de setembro, sendo 19,4% delas fumantes.

No total, 85,6% dos entrevistados são plenamente a favor enquanto apenas 5% das opiniões não são favoráveis à sanção.

Dos 9,4% que concordam parcialmente com a lei, muitos alegam que a falta de lugares específicos, os fumódromos, é um exagero e que locais onde se vende bebida alcoólica também deveria ser permitido o tabaco. Entre os fumantes, sobe para 20,1% o número de entrevistados que concordam, porém fariam algumas alterações.

As mulheres são a maioria dos que são a favor, mas que fazem ressalvas à legislação,
correspondendo a 70,2% dessa resposta.

As pessoas entre 41 e 50 anos são as que mais aceitaram as novas regras com apenas 2,6% de
rejeição, contra 6,5% dos indivíduos entre 51 e 60 anos seguidos pelos 6,4% dos adultos entre 26 e 30 anos, os dois grupos etários que mais reclamaram da lei estadual número 13.541.

Segundo Gustavo Flemming, diretor da Flemming “a relevância da pesquisa está no alto grau de aceitação pelos próprios fumantes, que assumem a inconveniência de acender um cigarro em um restaurante, por exemplo”.

Atualmente quatro estados brasileiros possuem lei antifumo, são eles: Rio de Janeiro, Maranhão, São Paulo e Paraná, além das cidades de Curitiba e Salvador. No Espirito Santo, a legislação entra em vigor a partir do dia 18 de setembro. Em Minas Gerais, o projeto está em estágio avançado na Assembleia Legislativa.

A Flemming Associados é uma empresa de pesquisas de mercado com sete anos de existência,
atendendo todo o território nacional e América do Sul.

Para receber a pesquisa completa ou maiores esclarecimentos:






Diretor:
Gustavo Flemming
oleno@flemmingassociados.com.br
www.flemmingassociados.com.br

Para acesso aos dados do trabalho online: Pesquisa Flemming Associados Lei antifumo SP
Acesso à lei 13.541 em seu texto completo: Lei 13.541/09

sábado, 12 de setembro de 2009

Então o ministro do meio ambiente queima plantas?

Minha veia democratica defende o ato dele ser a favor da descriminalização. Somos um país livre, com liberdade de expressão, mas com todo respeito isso não é de forma alguma postura e atitude de um Ministro de Estado.
Falam tanto em decoro em Brasília, mas acho que ninguém sabe o que é isso. Vergonha Minc.

Decoro: substantivo masculino
1 recato no comportamento; decência
Ex.: d. no vestir, no agir, no falar
2 acatamento das normas morais; dignidade, honradez, pundonor
Ex.: é um indivíduo torpe, sem d., sem honra!
3 seriedade nas maneiras; compostura
Ex.: ela dança sem perder o d.
4 postura requerida para exercer qualquer cargo ou função, pública ou não
5 Rubrica: literatura.
adequação do tema ao estilo literário

Bem, agora inferimos que o Ministro do Meio Ambiente do Brasil gosta de queimar plantas, que exemplo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Conversar com eles? Nem pensar.

Primeiro estou feliz porque a Cásper foi eleita a melhor faculdade de jornalismo do país pela revista Imprensa. O que me lembra um grito da faculdade que é praticamente automático, todo casperiano já está programado para isso, que é, “chupa mackenzie!”.
Agora que o momento ogro já saiu de mim, quero discorrer um pouco sobre o trabalho de assessoria de comunicação sobretudo por causa desse novo blog do Presidente.
O objetivo do surgimento dessa ferramenta era para tornar Lula mais próximo da população. Ele mesmo diz isso em uma mensagem deixada no Youtube.
Entretanto, ele conta com seis assessores somente para cuidar do blog, ou seja, nada de texto de Lula lá, e não podemos deixar recados. Se é para aproximar o presidente, para que ele possa nos ouvir, por que não posso comentar? Com seis assessores dá para tranquilamente fazer a manutenção dos comentários, evitando os de linguagem chula por exemplo.
Lula sempre foi um ditador da comunicação. Ele não sede entrevistas coletivas, só faz pronunciamentos e raramente permite ser questionado. Comunicação é via de mão única no Planalto.
A adoção dessas novas tecnologias só está acontecendo para poder copiar o modelo de Barack Obama, mas dando linhas de pensamento de Hugo Chavéz.
O presidente dos EUA não só tem blog, twitter, como também está quase que semanalmente fazendo coletivas de imprensa e respondendo perguntas de cidadãos via web, isso sim é “conversa” direta.
Lula quer apenas mais um palanque para se exibir, Youtube para postar sua imagem, blog para falar de seu progresso e coletiva de imprensa que é bom... bem no primeiro mandado foram apenas duas, não sei ao todo quantas foram em oito anos, mas com certeza dá para contar nos dedos dele.
Para quem quiser ver:
blog.planalto.gov.br

ou

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E ele ainda não sabe nada

Essa ação que ocorreu no Senado em que os petistas foram literalmente obrigados a votarem de acordo com o partido é só mais uma demonstração de poder de Lula nesse país e mais um prova de que ele sempre sabe e soube de tudo. No "mensalão" blindaram ele como um inocente, mas no filme de João Moreira Salles, José Dirceu aparece falando até quantos banhos tomou, imagine então se não falaria de deputados subornados?

Aliás, Dirceu é uma figura que ao mesmo tempo é supervalorizada e subvalorizada. Ele se coloca como um estudante presidente da UNE que, por isso, foi preso. Na verdade ele era o braço direito de Marighella em seu grupo terrorista na Ação Libertadora Nacional.

Se Dirceu matou alguém ativamente, acredito que não, mas ele treinou e induziu jovens e trabalhadores a assumirem uma posição de terrorismo para implantar o comunismo no país.

Porém, José Dirceu sempre foi o articulador de grandes homens, assim como foi de Marighella na UNE, era de Lula no governo, ou seja, ele faz o que tem que ser feito a mando de alguém. Nesse caso do "mensalão" ficou faltando o sujeito...

Voltando ao estilo do Lula, uma pessoa que acabou com os pilares do próprio partido. A ética petista - se foi, a união dos sindicatos - não sobrou praticamente nada, as ideologias – a última foi para o PV, só restaram os intelectualóides universitários e o movimento revolucionário camponês, que na verdade está a ponto de sair dos braços petistas.

O presidente, fez com que seu partido ficasse ancorado somente em sua própria popularidade, coisa típica de ditadores que fazem o culto à personalidade.

Ele manda em tudo, mas só divulga as coisas supostamente “boas” que aconteceram, que aliás, quase nunca são ideias dele.

Agora a Dilma é sua candidata, nem preciso dizer que apoiada 100% na figura de Lula.

Primeiramente, ela não é carismática, em segundo está com uma doença grave e infelizmente isso tem que ser levado em consideração. A tentativa de protegê-la nesse caso da Receita Federal está muito mal feita e, por fim, ela era militante da Colina, mas um braço armado do comunismo no Brasil que defendia a ditadura do proletariado, e não, a democracia.

Ela será apenas um porta-voz do Lula caso seja eleita, ou pior, pode dar lugar ao Lula que sempre deixou claro nas entrelinhas que admira os ditadores, vejam a quem ele apoia. Hugo Chavez, Evo Morales e Fidel Castro.

Meu medo é que uma tentativa de golpe seja tentado em breve nesse país, a questão é se será um “golpe branco” como é a última moda na América-Latina ou se será da maneira antiga com táticas de guerrilha no campo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Grande Ternura


Acredito que todos conheçam a frase de Che Guevara "É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais". Porém poucos sabem que ele mandou para o paredão mais de 300 pessoas em apenas dois dias na cidade de La Cabaña em Cuba.
Ou muito menos essa carta intitulada "Mensagens aos povos do mundo" apresentada na Tricontinental, evento comunista, de 1966.

Aqui está alguns trechos, retirados do livro " A verdade sufocada" de Carlos Ustra:

"Na América Latina luta-se de armas em mão, na Guatemala, na Colômbia, na Venezuela, e na Bolívia e já despontam dos primeiros sinais no Brasil. Quase todos os países deste continente estão maduros para essa luta que só triunfará com a instalação de um governo socialista"
"O ódio intransigente ao inimigo deve ir além das limitações naturais do ser humano. Deve se converter em violenta, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim, um povo sem ódio não pode triunfar sobre o inimigo bruta"
" A América continente esquecido pelas últimas políticas de libertação, que começa a se fazer sentir por meio da Tricontinental na voz da vanguarda de seus povos que é a revolução cubana, terá uma tarefa de muito relevo: a criação do segundo ou terceiro Vietnam do mundo"


Olha realmente esse Guevara era uma figura tão terna que me impressiona.
Infelizmente muitos cidadãos de bem morreram por causa da ideologia de pessoas que nem ao menos conheciam, e estes assassinos, e me refiro tanto para o vermelho quanto para o azul, se vangloriam e se tornam pessoas ícones de vida e ainda compara Che com Gandhi ou Luther King.
Enfim, sem mais comentários.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Blog do Sérgio Dávila-Diário do Teerã

Esse texto retirado do blog do Sérgio, representa muito bem o que quero dizer com "verdadeira notícia".
A mídia convencional que nos traga os grandes momentos históricos baseando-se em agentes especiais como governantes e intelectuais, mas acredito que a função do blog seja trazer as pessoas que sofrem as ações.
Lembrando que um dos melhores relatos sobre a Segunda Grande Guerra, advém do diário de Anne Frank, ninguém "especial" embora traga com a clareza de um Gay Talese os acontecimentos do conflito.

Aqui está o texto publicado pelo Sérgio: Blog do Sérgio
Diário de Teerã - Texto exclusivo de uma iraniana

A partir de hoje --e pelo tempo que for possível--, esse blog publica relatos de uma iraniana que vive em Teerã e conta os desdobramentos do movimento de oposição ao presidente Mahmoud Ahmadinejad. O nome dela foi trocado por medida de segurança.

*

Deus continua grande e veio cobrar os aiatolás

Por Anna Olivier, de Teerã


Há duas semanas, ao meio-dia, eu fui à tradicional oração das sextas pela primeira vez na minha vida para apoiar nosso candidato, Mir Hossein Mousavi, e ouvir o aiatolá Akbar Hashemi Rafsanjani, mesmo que não soubesse exatamente o que ele iria dizer. Havia muita gente, todas as ruas em volta da Universidade de Teerã estavam cheias.

O aspecto mais interessante dessa eleição e dos eventos que se sucederam foi que nos fez fazer muitas coisas pela primeira vez, coisas que não imaginávamos possíveis antes. Assim, aquela oração de sexta foi a maior da história recente do Irã. Mesmo os frequentadores habituais, pessoas mais religiosas, nos disseram que nunca tinham visto tanta gente.

Havia um novo slogan também. Quando o orador que antecedeu Rafsanjani dizia “Abaixo Israel, abaixo os Estados Unidos!”, o povo respondia “Abaixo a Rússia, abaixo a China!”. Quando a imprensa iraniana chegou, todo o mundo gritava: “Nós temos vergonha de nossa mídia”. O fim do dia foi marcado, é claro, por mais brigas e mais gás lacrimogêneo.

De noite, e todas as noites antes disso e desde então ainda se podia ouvir gritos de “Allahu Akbar!” (Deus é grande). São armas religiosas contra uma ditadura religiosa, e foi exatamente assim que os aiatolás desafiaram o regime do xá Pahlevi, nos anos 70. Mas eles nunca pensaram então que Deus continuaria grande e cobraria deles um dia. Agora é o dia.

Não acredito que os aiatolás vão desaparecer, mas esse tem sido um belo desafio para o regime, e todas as ameaças e o terror da reação mostram como eles não esperavam que esse dia chegaria --tão cedo para eles, tão tarde para nós, é claro.

Quando a oposição escolheu a cor verde, Mahmoud Ahmadinejad disse “nossa cor é a cor da nossa bandeira”. É uma tristeza, pois agora, toda vez que olhamos para nossa bandeira, sentimos medo e passamos mal. Desde a fala do presidente, a cada demonstração, um pequeno número de seus partidários se infiltra entre nós e começa a marchar com a bandeira do Irã em suas mãos, para se sobressair da maioria esmagadora dos outros, os “verdes”.

Na oração de sexta, um grupo de partidários fez isso para nos amedrontar --sim, eles acham que são realmente amedrontadores. Meu marido pegou uma das bandeiras e a beijou. A partir daí, todos os “verdes” passaram a beijar as bandeiras iranianas que estavam nas mãos de nossos compatriotas, mas nesse momento inimigos.

De repente, manifestações de simpatia entre nós e eles passaram a acontecer no meio da multidão. As pessoas se davam as mãos e um deles disse: “Nós não pensamos igual mas nós somos compatriotas”. Naquele momento, eu não sabia se ficava feliz ou triste.

Esse foi o trabalho de Ahmadinejad, essa divisão entre o povo é culpa dele, sem dúvida --o ódio entre pessoas de lados opostos politicamente nunca foi tão exacerbado como agora.