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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Campanha AUG

Somente avisando que a campanha do Adote um Gatinho foi um sucesso.
Agora elas receberão mais de 70 mil reais para ajudarem na construção de novas instalações.
Bem, bom inicio de ano para todos.

wwww.adoteumgatinho.uol.com.br

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Gafes dos políticos brasileiros

Retrospectiva 2009 feita pela revista Veja sobre as gafes dos políticos brasileiros neste ano que passou.

Link para os videos : Aqui!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Votação para instituição de ajuda aos animais

Vote na Pitty. Por que? Simples, leia a carta do site adote um gatinho.


http://sonora.terra.com.br/vote




Apelo especial que estamos divulgando

amigos do Blog, temos certeza que é graças a vcs, tão dedicados que conseguimos segurar a vantagem até agora. Essa mudança no site do Terra ficou ruim mesmo, mas talvez tenha garantido nossa liderança, já que somos muito mais pacientes e continuamos votando, e eles parecem ter desanimado depois do Terra dificultar o processo de votação.

Mas para garantir mais votos, estamos soltando hoje para o nosso mailing esse apelo especial. Como vocês são VIPs me senti na obrigacão de colocar aqui também mesmo sabendo que todos vocês vão receber o email com o apelo. Leiam com atenção, escrevemos com a alma, porque sabemos que é assim que vocês votam, com os dedos, o coração e a alma. Sem desanimar agora hein? Força que essa taça é nossa! :-) Segue o texto.

amigos, esse é um recado muito importante, e também um pedido muito importante, então leiam com atenção até o fim.

O Sonora, canal de música do Terra, convidou 6 artistas para montar uma playlist com o som que eles mais gostam, e lançou uma promoção: a playlist mais votada ganha um prêmio em dinheiro que será doado para uma ONG. O artista com a playlist mais votada irá doar 75 mil para a ONG escolhida.

A Pitty, que é gateira e conhece o nosso trabalho, escolheu o Adote Um Gatinho!!!!!!

A votação vai até dia 28 de Dezembro e estamos votando como loucas, mas não estamos conseguindo tantos votos quanto a banda Cine e tudo indica que, em breve, eles vão nos passar.

Precisamos de TODOS os votos que vocês puderem dar. Seus, dos seus amigos, filhos, pais, vizinhos e qualquer pessoa que goste de gatos ou simpatize com a causa animal.

Se cada um sentar no computador e votar por mais ou menos 20 minutos várias vezes seguidas todos os dias, a gente ainda tem chance de ganhar esse prêmio e fazer história. História porque as ONGs de Proteção Animal nunca são levadas a sério ou ajudadas. Quantas vezes um artista deu algum prêmio para alguma ONG de animais? Eles ficam com medo de serem criticados porque sempre tem algum ignorante que vai dizer que ajudar animais pega mal. Pois a PItty não deu bola e deu a cara a tapa, imaginem quantos outros artistas vão perder o medo de ajudar as ONGs de animais?

No momento que você diz que ajuda ou trabalha ou só simpatiza com animais abandonados você recebe um olhar de desdém, não é? Pois agora é a nossa vez de dizer: estamos aqui, somos organizados, não somos desajustados sociais e os animais não são o lixo da sociedade. E engulam nossos votos e nosso primeiro lugar! :-)

Claro que o dinheiro é mais que bem vindo, mas sabemos que com esse dinheiro também vai vir muita cobrança e muito trabalho. Mas não temos medo de trabalhar não, quem nos conhece sabe que se tivermos recursos a gente faz o impossível.

Além do dinheiro, pensem no efeito moral que uma vitória dessas teria entre todos os protetores tão cansados de trabalhar sem nunca ver o trabalho valorizado, entre todos nós que abominamos o abandono, o descaso e que fazemos nosso pouquinho para ajudar? Será uma ONG beneficiada, mas milhares de almas lavadas!

Quer outras boas razões para sentar e votar até ter tontura na frente do computador?

* O dinheiro que a Ong receber não vai ajudar só o Adote Um Gatinho. Vai beneficiar centenas de animais em toda a cidade de São Paulo. Cães e gatos, porque somos gateiras mas nosso coração não faz distinção na hora de socorrer.
* Vamos investir tudo que pudermos em um super mutirão de castração como nunca se viu antes.
* Porque não somos "as loucas dos gatos" e nem vocês, e merecemos respeito.

Gente, essa votação é MEGA MASTER IMPORTANTE!

O regulamento proíbe o uso de robôs e programas de votação mas vocês podem votar quantas vezes quiserem, horas seguidas, não existe um limite de vezes para votar.

Espalhem esse email e façam chegar aos 4 cantos do mundo. Quem tiver twitter, orkut, facebook, myspace ou qualquer outro deve divulgar também. Quem tiver acesso aos fã clubes da Pitty ou aos grupos de proteção animal no Brasil todo também deve repassar. Vamos lá pessoal, é uma oportunidade única de fazer diferença, de mudar a mentalidade das pessoas.

Votar é muito fácil, você clica no link, vai na playslist da Pitty e vota quantas vezes quiser. Não precisa fazer cadastro.

http://sonora.terra.com.br/vote


sábado, 19 de dezembro de 2009

Pausa para o trabalho

Olá, surgiu um trabalho de freelancer que anda consumindo bem o meu tempo, isso reduziu a velocidade com que escrevo a biografia do Sarney, mas dentro em breve, uns quatro dias, consigo colocar a terceira parte.
Não me esqueci de vocês =)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

José Sarney, o imperador parte 2



Ex-presidente do Brasil, atual do Senado, ex-Governador do Maranhão, ex-deputado federal da antiga UDN e dono de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa construiu em sua carreira política algo que até Hugo Chaves sonha em edificar.
Uma população de súditos que, apesar de não obterem retorno, sempre dão ao seu déspota o poder.
Sim, o título de Excelentíssimo para esse senhor de 79 anos está muito abaixo do que ele realmente é, Sarney “O imperador”, o “Senhor do Maranhão” ou quem sabe “o Príncipe do Brasil” estão muito mais próximos de seu real poder nas terras canarinhas.

Sarney, titulo em homenagem a seu pai, Sarney Costa, é Senador pelo Amapá, apesar de não ter nascido no estado (é de Pinheiro no MA), e sem ao menos morar lá, conquistou os votos das pessoas que residem nesta região.
Talvez seu poder resida no bigode sempre bem cortado e em seu rosto que transpira a mais pura confiança em suas habilidades políticas. Uma pessoa que até mesmo fisicamente é regida pela constância, na postura, no visual, nos gestos e nas ações.

Carreira política:
Maranhão

Zé Sarney começou sua escalada política nos longínquos ano de 1950 como suplente de deputado federal pelo Maranhão, o que dá o título de mais experiente na carreira parlamentar brasileira. Foi eleito pela PSD, partido de apoio à Eurico Gaspar Dutra. Em 1955 efetivou-se no cargo, sempre na base aliada e continuou seu mandato até 1966, sendo que em 59 passou para a UDN que fazia oposição ao atual presidente Jucelino Kubtischek, do PSD, talvez a única vez em que Sarney não foi da situação, mas acredito que já pensasse no futuro.

Em 1964, ano do golpe que retirou João Goulart, ele foi contra a tomada, embora com a instituição do bipartidarismo ele tenha passado para a ARENA, sigla aliada ao governo militar.
Em 1966 assume a cadeira de Governador do Maranhão e assim começa o seu absolutismo no estado. Vale salientar que o Maranhão é a federação brasileira com pior índice de IDH. Até hoje o estado está na mão da família, afinal, a dona da cadeira executiva de lá é Roseana Sarney.
Nos últimos 54 anos a família esteve no governo do estado diretamente por 15 anos e, indiretamente, considere pessoas que obtiveram votos por serem ligados à família, por incríveis 32 anos.

Logo em seu primeiro mandado no executivo, José criou uma lei que regou as terras do Maranhão com o sangue das pessoas que trabalhavam diretamente com ela. Em 1969 surgiu a Lei de Terras (Lei nº. 2579/69), popularmente chamada de Lei Sarney que tinha como conteúdo a colonização de áreas não exploradas levando ao povoamento amazônico e também seu desenvolvimento.

Claro, acabou virando uma pandemia de terras griladas e invasões ilegais. Muitos investidores do sul e centro-oeste do país foram para a região, “empurrando” os cidadãos para cada vez mais longe dos melhores locais, através da compra a preços ínfimos de suas propriedades mesmo que para isso o uso de jagunços tenha sido necessária. O desenvolvimento transformou-se em latifúndios. Por volta de 1.500.000 de hectares pararam nas mãos de grandes senhores da terra.

Segundo Luis Antônio Camara Pedrosa (ex- assessor jurídico da Comissão Pastoral da Terra de São Luís/MA):
“Data desse período a pilhagem que se sucedeu sobre as terras
devolutas do Estado. A grilagem, implantada com a vinda das
grandes empresas do sul e do centro-oeste, açambarcou
inclusive os corredores de 200 Km de largura ao longo da
rodovias, destinadas por decretos à colonização. O único refúgio
para os camponeses chegou a ser os 30 metros de terra ao
longo das rodovias”

Além disso, vários camponeses foram feridos em confrontos com a polícia, caso de Manoel da Conceição preso em uma Assembléia de lavradores. Ele foi torturado e perdeu a perna por causa de um ferimento à bala na ocasião.

Segundo dados do IBGE de 1970, as propriedades com menos de 100 hectares, ou seja, que não são consideradas latifúndios, representavam 87,6% dos estabelecimentos e apenas 5,6% da área rural do Maranhão. Em 1995, 26 anos da Lei Sarney, eram 76,5% ocupando diminutos 3,6%.

Vale salientar que o desenvolvimento que Sarney prometeu não aconteceu. Maranhão tinha o pior índice de mortalidade da época e uma população ruralizada, longe dos centros de saúde das cidades.

Meio século depois e o estado, como já dito, está na lanterna do ranking do IDH e 52% da população ainda vive dos produtos do campo.




domingo, 6 de dezembro de 2009

José Sarney, o imperador parte 1


Começo aqui uma sequência de histórias sobre uma das figuras mais marcantes do território nacional. José Sarney.
Curiosamente o primeiro texto não será meu. Ele é retirado do livro "Honoráveis Bandidos" do jornalista e escritor Palmério Dória.
Como foi a única fonte que achei falando sobre a infância e a fase anterior à carreira política, tenho convicção que é ético colocar o texto aqui, ao invés de simplesmente parafrasear.

A URNA DO ZÉ


Uma história alegra o anedotário político maranhense desde os idos de 1950. Pelas ruas de São Luís, lá vai o desembargador Sarney Costa. Carrega numa das mãos alguns livros, e uma caixa de madeira embaixo do outro braço. Tem forma de pirâmide, mas com o topo cortado e um tampo com uma fenda no centro. Ele só largava a caixa e os livros se passasse em frente de alguma igreja, para poder ajoelhar-se e fazer o sinal-da-cruz.

O desembargador, que chegou a presidente do Tribunal de Justiça, tinha um tique não muito raro, de piscar e repuxar para cima um dos olhos junto com o canto da boca. Foi ao Rio de Janeiro, inclusive, consultar-se com um grande neurologista que lhe indicaram, doutor Deolindo Porto. Mas desistiu na primeira consulta: o homem tinha o mesmo cacoete que ele.

O Sarney pai, que mais tarde daria nome a povoações e a tudo quanto é logradouro e prédio público Maranhão afora, quando o paravam na rua e perguntavam que caixa era aquela que carregava, respondia, batendo na madeira:

“Esta é a urna do meu filho Zé.”

O povo aumenta mas não inventa. A parábola da urna evidencia a quem José Sarney deve sua carreira política. Ele começa sem identidade própria. É apenas o “Zé do Sarney”, por sua vez com tal nome registrado porque o avô do nosso herói, diz a história, quis homenagear um inglês ilustre que aportou a serviço no Maranhão e a quem todos chamavam de Sir Ney.

‘AL CAPONE SERIA MERO APRENDIZ’


O pai é quem lhe abre todas as portas. A família Costa veio do interior, de Pinheiro, no oeste, na região da Baixada, que forma grandes lagos na época das chuvas. Sarney, com 15 anos, começou a estudar no Liceu Maranhense. Aderson Lago, de tradicional estirpe política, ex-chefe da Casa Civil do governador maranhense Jackson Lago [cassado em abril de 2009], é uma memória viva daqueles tempos:

“Sarney nasceu, cresceu e criou dentes dentro do Tribunal”, diz Aderson, que faz o seguinte resumo: “O pai não era um fazendeiro abastado, empresário, não era porra nenhuma. Nunca tiveram nada. Nunca acertaram nem no jogo do bicho. Sarney não tem como explicar a fortuna que tem. Ele mesmo contou, quando presidente da República, na inauguração do Fórum Sarney Costa, que o pai teve que vender sua máquina de escrever para mantê-lo por uns tempos.”

Nascido em 24 de abril de 1930, pouco antes da revolução modernizadora liderada por Getúlio Vargas, José Sarney cursou Direito e iniciou-se na política estudantil na década de 1950. O pai arranja-lhe o primeiro emprego, secretário do Tribunal de Justiça. Nessa época, os processos eram distribuídos por sorteio. Colocavam os nomes dos desembargadores numa caixinha e o secretário do Tribunal era quem sorteava o relator de cada processo. Seus primeiros “negócios” foram feitos nessa caixinha. O desembargador que ele “sorteava” era sempre aquele que resolveria o caso conforme a sua conveniência.

Aderson Lago narra a história de certo engenheiro italiano que havia construído a fortaleza de Dien Bien Phu, no Vietnã, e para cá veio tocar a construção do porto do Itaqui, em São Luís – por onde meio século depois sairia o minério de Carajás e outras mil riquezas do Brasil.

Surgiu uma demanda judicial contra a empresa do italiano. No último julgamento, que a empresa perderia e, por isso, quebraria, descendo a escadaria do Tribunal, o italiano, referindo-se a Sarney, comentou com seus advogados:

“Se Al Capone estivesse vivo e aqui estivesse, diante desse rapaz de bigodinho seria um mero aprendiz.”


Na juventude, Sarney usava bigodinho à Clark Gable, como o cantor das multidões Orlando Silva e o Cauby Peixoto. E, como os colegas de sua idade, sonhava com um lugar na Academia Maranhense de Letras, que um dia ele conquistaria. Afinal, São Luís era a Atenas Brasileira. Ou melhor, segundo línguas mais realistas: a Apenas Brasileira.

Aos 24 anos, sem ter sido sequer vereador, Sarney se elege quarto suplente de deputado federal nas eleições de 3 de outubro de 1954, pelo Partido Social Democrático, o PSD de Victorino Freire, realizadas pouco depois do suicídio de Getúlio Vargas, e quem viveu na época não duvida que tal feito se deveu a fraude na 41ª Zona Eleitoral de São Luís.

Nesse episódio é que se viu, durante um trote de calouros da Faculdade de Direito, um cartaz que mostrava o desembargador Sarney Costa com uma urna embaixo do braço e o balão:

“Essa é do Zé meu filho.”


A escada sempre era o pai. Aderson conta como Sarney se inicia de verdade na política:

“Ele começou como oficial de gabinete do governador Eugênio Barros, trabalhava no palácio. Pela influência do pai, sempre. Ele foi oficial de gabinete porque era brilhante? Não. Sim porque o pai era desembargador e a Justiça no Maranhão estava sempre atrelada ao governo.”

Em 1958, sim, ele então se elege deputado federal, já pela UDN, União Democrática Nacional. Não é mais José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Tomou para si o nome do pai e se tornou José Sarney. Assim, chega à Câmara Federal, ainda no Rio de Janeiro, no Palácio Tiradentes, e assina o termo de posse a 2 de fevereiro de 1959, data que ele considera oficialmente com a do início de sua carreira política – cujo cinqüentenário ele comemorou em dia tão anuviado, apesar do sol sobre Brasília, naquele 2 de fevereiro de 2009 [dia da posse de Sarney, pela terceira vez, na Presidência do Senado].

Não lhe saía da cabeça o filho [Fernando], cérebro do império Sarney, transformado em caso de polícia, enquadrado pelos federais num rosário de crimes a sujeito a qualquer momento a ganhar um par de algemas em torno dos pulsos e ir parar atrás das grades.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Supremo decide processar Azeredo por mensalão tucano

Por 5 votos a 3, STF acata denúncias contra senador mineiro pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro

Mariângela Gallucci, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 3, abrir processo criminal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A partir de agora, o congressista tucano é réu numa ação penal e será julgado por suspeita de envolvimento com os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Por 5 votos a 3, o STF aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal. Para a acusação, Azeredo teria participado de um esquema de desvio de recursos públicos e de caixa 2 na campanha de 1998, quando tentou se reeleger governador de Minas Gerais, mas perdeu a disputa para Itamar Franco.
No julgamento - que começou em novembro, foi interrompido por um pedido de vista e concluído nesta quinta -, prevaleceu o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, para quem houve desvio de recursos de empresas estatais para a campanha de Azeredo. Três dos 11 ministros do STF faltaram à sessão.



"Temos comprovadamente a saída de recursos estatais que foram canalizados para uma campanha. Isso está documentado num laudo imenso que consta dos autos", disse Barbosa. "Não há a menor dúvida de que ocorreram desvios das estatais. Não há menor dúvida de que houve aparentemente uma lavagem de dinheiro", afirmou. "O Supremo não é cemitério de inquéritos e ações penais contra quem quer que seja", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello, que concordou com Barbosa.



O ministro Carlos Ayres Britto, que integra o STF e preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproveitou o julgamento para passar um recado: "Caixa 2 é um modelo maldito de financiamento de campanha em nosso país. É uma desgraça no âmbito dos costumes políticos eleitorais brasileiros", disse.



Mesmo script



Ayres Britto observou que o modelo do suposto caixa 2 foi usado em outras ocasiões. "O esquema parece até reprise de um filme. Já vimos esse filme, o script foi um modelo que parece que fez escola. Os protagonistas, o modus operandi, o tipo de benefício, um agente central nesse processo que não entendia nada de publicidade, mas entendia tudo de finanças", afirmou, numa referência ao suposto operador do esquema Marcos Valério, que protagonizou o escândalo do mensalão do PT, em 2005.



De acordo com Barbosa, há indícios de que Azeredo teria sido o responsável pelo planejamento e pela execução dos atos que resultaram nos supostos desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que teriam sido viabilizados supostamente por empresas do publicitário Marcos Valério.



Segundo o ministro, há similitude entre o esquema do mensalão mineiro e o federal. O primeiro seria o "embrião" do segundo. Por esse motivo, Barbosa defendeu que o processo sobre o esquema em Minas Gerais seja julgado juntamente com a ação aberta pelo tribunal em 2007 contra 40 acusados de participação no mensalão federal.



Bate-boca



Barbosa ficou visivelmente contrariado com o voto do novato no STF, o ministro José Antonio Dias Toffoli, primeiro a se posicionar a favor de Azeredo. Ex-integrante do governo Lula, Toffoli concluiu que não há indícios de que o ex-governador de Minas Gerais tenha se envolvido com o esquema do mensalão mineiro.



Ex-subchefe da Casa Civil da Presidência da República e ex-advogado-geral da União no governo de Lula, Toffoli disse que leu detalhadamente o inquérito e não encontrou nenhum ato praticado por Azeredo. "Também não vi na própria denúncia a participação de Azeredo", afirmou Toffoli. "A denúncia imputa-lhe os fatos apenas por ele ter sido na época o governador", disse.



Toffoli afirmou que tudo indica que é falso um recibo anexado que comprovaria o recebimento de R$ 4,5 milhões do empresário Marcos Valério. O ministro comparou ainda os gastos de campanha de Azeredo com os de outros candidatos que disputaram o governo mineiro, em 1998.



Relator do inquérito no STF, o ministro Joaquim Barbosa reagiu publicamente no plenário ao voto do colega. "Vossa Excelência está fazendo comparações absolutamente impertinentes", afirmou. Toffoli pediu licença para continuar seu voto. Barbosa voltou a intervir: "Nessa fase não se examina se tal recibo é ou não falso."



Toffoli também reagiu e disse que tinha ouvido Barbosa por dois dias - que foi o tempo consumido pelo relator para ler o seu voto, em novembro. "Não ouviu meu voto, não leu os autos", acusou Barbosa. Além de Toffoli, votaram contra a abertura da ação penal contra Azeredo o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Eros Grau. "Eu também não consigo encontrar base para receber a denúncia por peculato e lavagem de dinheiro", disse Gilmar Mendes.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CCJ aprova exigência de diploma para jornalista

Foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/09, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE ), determinando que a profissão de jornalista seja privativa do portador de diploma de curso superior de jornalismo. A matéria segue para deliberação no Plenário.

A matéria foi acolhida na CCJ com emendas do relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). De acordo com o texto aprovado, a profissão de jornalista deve ser privativa de portador de diploma de curso superior de jornalismo, cujo exercício será definido em lei. A regra é facultativa ao colaborador - aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado à sua especialização.

A exigência do diploma não é obrigatória para aquele que comprovar o efetivo exercício da profissão ou para jornalistas provisionados (os que não têm diploma em jornalismo, mas obtiveram registro por terem sido contratados por empresa jornalística em município onde não há curso específico).

Agência Senado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eleições 2010

Vai ser interessante ver o PT "blindando" a Dilma através do ataque de ética sobre o PSDB e DEM.
Vão passar por cima do seu próprio mensalão e jogar para o povo a sujeira que está impregnada nos dois partidos da oposição.
PSDB e DEM não deixarão para trás e virão com Roberto Jefferson, escândalo dos correios e mais e mais mensalão.
Será um 2010 de "Eu faço, mas você também faz!", que nojo será o horário político de 2010.
Assistamos a propaganda partidária obrigatória com um balde do lado.