
Ontem eu estava assistindo o jogo do Corinthians e vi o Dentinho se lesionando novamente. Ele ficou quase dois meses afastado e apenas 10 minutos dentro de campo, seu “Habitat Natural”.
Lembrando que ele entrou no lugar de Jorge Henrique que foi para o departamento médico.
Há alguns meses atrás Fred, do Fluminense, criticou a postura do departamento médico ao liberá-lo sem condições para jogar, resultado, machucou-se novamente.
A grande questão em voga não é nem a competência, ou falta dela, dos DMs, mas sim, a quantidade de partidas enfrentadas por cada equipe durante o campeonato.
Para mim, o buraco está um pouco mais embaixo.
Em entrevista terça-feira para o Cartão Verde, o volante Marcos Assunção, Palmeiras, comentou da quantidade de treinos físicos que se realiza no Brasil. Ele disse que “quando eu jogava na Europa, treinávamos apenas de manhã”, deixou claro que faziam uma pré-temporada forte, para depois realizar atividades mais técnicas, focadas no acerto da equipe.
No Brasil privilegiamos treinos físicos, pegar na bola é “coisa de jogo”. Acompanhei já alguns treinos em clubes de São Paulo quando eu trabalhava na Rádio Gazeta e posso dizer que os caras correm pra cacete.
Não entra na minha cabeça como um time que joga de quarta e domingo, reclamando da intensidade de jogo, pode fazer treinos puxados desgastando a parte física dos atletas. Não seria melhor treinar a pontaria e posicionamento em campo?
Os lutadores de boxe Cubanos não fazem natação ou corrida para melhorarem os desempenho, eles simplesmente lutam.
Então, se um nadador, nada, um pugilista, luta e um ciclista, pedala. Por que um jogador de futebol não joga bola?
O excesso de jogo prejudica o atleta, mas essa quantidade enorme de treinamentos também.
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