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domingo, 28 de junho de 2009

Golpe em Honduras, prenuncio do que pode haver com o Brasil



O gene para conspiração na América Latina mostra mais uma vez ser dominante.
Na manhã de hoje o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi "convidado" a ir para uma base aérea e agora se encontra em Costa Rica. A casa presidencial está cercada por mais de 300 soldados que evitam a invasão de 3 mil apoiadores de Zelaya.
Poucas horas depois do golpe, as rádios foram desativadas e só retornaram para pedir à população que fique em casa, enquanto isso, há uma articulação política liderada pelo secretário Reina pedindo justamente ao contrário, uma revolta popular pela "democracia".
O que as forças armadas pretendem fazer daqui pra frente, talvez nem mesmo eles saibam, pois não foi lançada nenhuma proposta para o novo governo. Talvez queiram um ditador militar, um período de transição entre milicas e civis, simplesmente colocar o vice-presidente ou talvez convocar novas eleições.
E agora os motivos desse golpe. A gota d'água foi a demissão do ministro das forças armadas Romeo Vásquez que se recusou a apoiar Zelaya que queria fazer uma reforma constitucional para conseguir a possibilidade de uma reeleição. A proposta foi considerada ilegal tanto pela corte suprema do país quanto pelo parlamento, mas mesmo assim o ex-presidente ordenou uma consulta popular que seria realizada poucas horas antes de os militares darem férias para ele.
Não sou um grande conhecedor da história de Honduras e também é muito cedo, pelos meus conhecimentos, para julgar quem está certo ou errado.
O ponto é que essa história de reeleição e de golpes militares me lembra um país que conheço muito bem e que demonstra uma certa manifestação do gene AL.
Nosso Brasil passa por um processo de descrédito do legislativo, simbolo máximo da democracia, temos uma política populista de amansamento do povo, dando a eles motivos para ficarem em casa, um presidente altamente popular e com mania de grandeza e há em tramite a idéia de uma terceira eleição. Sinto um cheiro de ditador vindo por aí...
Enfim, espero que os militares de Honduras tenham tirado um político latino do governo e convoquem novo pleito, dando condições aos cidadãos hondurenhos de se reerguerem pela via correta.

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