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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fases da imprensa nas ações da policia carioca

1° Falar do medo, do desespero da população e da falta de iniciativa do estado em frente aos traficantes: Concluído

2° Falar da ação policial. Criticar dizendo que é tarde e que não dará resultado: Concluído

3° Ufanismo. Rio de Janeiro é o melhor lugar do mundo. A policia é foda, o BOPE mata os Rangers americanos com faquinha de rocambole.
24 horas de imagens repetidas em todos os canais.
Aqui começam as reportagens sobre equipamentos, de como será a invasão e começa a exploração comercial do tema. 1 milhão de jornalistas na base do morro e briga para ver quem será o primeiro veículo a subir com o BOPE.
Se levar um tiro ao vivo, os produtores terão um orgasmo: Concluído

4° A busca pela exploração do tema. Vai todo mundo subir o morro, fazer reportagens com moradores, mostrar a rotina que os traficantes tinham. Também começa a coisa sacal, as emissoras começam a mostrar como elas são fodas. Reportagens sobre elas mesmas, “a vida dos jornalistas”. É aquela vontade de ganhar algum prêmio pela programação “heróica”.
Antes era a policia correndo atrás de bandido, agora são jornalistas correndo atrás de prêmios: Em andamento, mas quase no fim. Calculo que domingo seja o último dia dessa fase, sabe como é, revistas eletrônicas semanais.

5° Começa a ressaca. Denúncias de abuso policial, achar as falhas nos confronto e começar a achar alguém para ser o ícone da culpa de tudo que deu errado. Agora o desejo é de mostrar a volta à rotina de medo e desespero da população. Em andamento, mas ficará mais intenso a partir da semana que vem.

E o ciclo se fecha.

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